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O feitiço do tempo

Duração dos finalistas ao Oscar é a 2ª maior da história e retrata tendência de filmes longos

RODRIGO SALEM DE SÃO PAULO

O cinéfilo que deseja chegar à noite da cerimônia do Oscar com os principais filmes riscados do caderninho vai precisar de exercícios de alongamento, tempo livre e de poltronas confortáveis.

Das nove produções indicadas na categoria de melhor filme, apenas uma delas ("Indomável Sonhadora") está abaixo das duas horas de duração -teto da maioria dos longas comerciais.

Quatro delas estão acima das 2h30, sendo "Django Livre", que estreia hoje, com 2h45, o campeão em extensão e o filme mais longo do diretor Quentin Tarantino.

"Amor", de Michael Haneke, outro indicado que estreia hoje, tem 2h07.

Este será o "segundo Oscar mais longo da história": a duração somada dos nove indicados só perde para a dos 12 filmes concorrentes em 1935.

As próximas semanas tornarão a maratona mais prolongada. "Lincoln", de Steven Spielberg, estreia na sexta com suas 2h30, enquanto "Os Miseráveis", de Tom Hooper, desafiará o espectador com um musical de 2h37 -mesma duração de "A Hora Mais Escura", de Kathryn Bigelow.

"Não existem filmes longos ou curtos. Cabe ao distribuidor avaliar o potencial do filme, dimensionar seus investimentos", acredita Laércio Bongar, diretor comercial da Imagem, distribuidora de "A Hora Mais Escura" no Brasil.

A opinião é dividida pela Fox, de "Lincoln". "Se o filme tem apelo para o espectador, as sessões estarão cheias e ficarão mais tempo em cartaz", declarou a distribuidora por meio de sua assessoria.

É o que está acontecendo com algumas superproduções. "Os Vingadores", maior bilheteria de 2012, tem 2h23. Entre os dez filmes mais vistos nesta semana, há "O Hobbit", com 2h49, e "A Viagem", com 2h52.

Enquanto "O Hobbit" rendeu R$ 35 milhões no Brasil, "A Viagem" foi a melhor estreia do fim de semana passado, com 260 mil pessoas -batendo o novo filme de Tom Cruise, "Jack Reacher", que tem 20 minutos a menos.

"Três sessões com salas cheias valem mais que cinco sessões vazias", diz Bongar.

Do lado dos exibidores, surge a dificuldade na composição da grade, já que filmes mais longos significam menos sessões. "Mas a qualidade é o que importa. Quando o público gosta, a duração não importa", afirma Pedro Pinheiro, programador do grupo Severiano Ribeiro.


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