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Abertura traz fragmentos de curtas inéditos

MATHEUS MAGENTA DE SÃO PAULO

Em "Pierrot Si Fou" (1966), o jovem Carlos Reichenbach faz uma homenagem-deboche ao longa "Pierrot Le Fou" (1965), de Jean-Luc Godard. Já o pós-apocalíptico "Duas Cigarras (1965)" traz dois amigos que enterram um terceiro nas ruínas de São Paulo.

Fragmentos dos dois curtas, inéditos e nunca finalizados, foram encontrados pela família do cineasta em meio a um rolo de 16mm perdido em seus arquivos pessoais.

A descoberta será exibida hoje, às 20h30, na abertura da retrospectiva em sua homenagem, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.

Os dois curtas foram os primeiros a serem feitos por Carlos Reichenbach (1945-2012) na Escola Superior de Cinema São Luiz -onde se aproximou de nomes como Rogério Sganzerla (1946-2004) e Carlos Alberto Ebert.

Os fragmentos dos curtas "Pierrot Si Fou" e "Duas Cigarras" -ambos sem som e em preto e branco- evidenciam as experimentações com a técnica cinematográfica, da fotografia à montagem.

Na homenagem-deboche a Godard, Reichenbach brinca com outros filmes do diretor francês, como "Uma Mulher é uma Mulher" (1961), em que um casal se comunica a partir de capas de livros.

O rolo encontrado pela família do cineasta contém cerca de 28 minutos de material, sendo quase dez minutos de trechos dos curtas -80% de "Pierrot Si Fou" se perderam, segundo Reichenbach.

O restante do material, de autoria desconhecida, traz registros familiares e até cenas de uma exposição de cães. A Cinemateca espera que amigos e familiares do cineasta possam ajudá-la a identificar esses outros fragmentos.


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