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James Franco se rende ao sexo em Sundance

Ator codirige filme com cenas explícitas, produz documentário sobre fetichismo e interpreta criador da "Playboy"

"Interior. Leather Bar" retoma cenas cortadas de "Parceiros da Noite", filme de 1980 com Al Pacino no elenco

FERNANDA EZABELLA ENVIADA ESPECIAL A PARK CITY (EUA)

James Franco não quer falar de sexo. Ele quer mostrá-lo explicitamente. E, de preferência, com muito couro. O ator, diretor e poeta de 34 anos está no Festival Sundance com três filmes que abordam pornografia, dois deles sobre fetiche e cultura gay.

"Acho bonito e atrativo", afirma Franco sobre as cenas de sexo explícito num clube gay em "Interior. Leather Bar", um filme com pegada de documentário que ele dirige em parceria com Travis Mathews, um diretor de "pornô-arte gay".

Em "Interior. Leather Bar", Franco e Mathews tentam recriar os 40 minutos cortados de "Parceiros da Noite" (1980), sobre um policial vivido por Al Pacino que se infiltra nos clubes gays de fetichismo para pegar um assassino.

Na época, o diretor William Friedkin foi obrigado a cortar as cenas por serem fortes demais e negativas à comunidade gay.

Franco chamou um amigo de infância, Val Lauren, para viver o personagem de Al Pacino, enquanto atores amadores se preparam para as filmagens (há sexo oral e lambeção de botas). Uma câmera segue Lauren a todo momento, que teve muitas dúvidas sobre o projeto, mas confiou na "missão" de Franco.

O resultado oscila entre experimental e pseudointelectual, com muitas discussões sobre sexualidade. "Queria revisitar 'Parceiros da Noite' e ver como as coisas mudaram, ou não. Val está numa jornada como o personagem de Al Pacino, descobrindo um mundo novo", diz Franco.

Além de "Interior. Leather Bar", o ator aparece nos créditos como produtor-executivo do documentário "Kink".

O filme é sobre a maior produtora do mundo de vídeos on-line de BDSM (sigla para bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo), num galpão em San Francisco, com cem funcionários.

Há cenas de filmagens da produtora, com máquinas de sexo que parecem instrumentos de tortura, e entrevistas com diretores dos vídeos.

Atores e atrizes também dão depoimentos, quando não estão amarrados de ponta-cabeça ou sendo sufocados em banheiras.

O terceiro projeto de Franco é um filme bem mais tradicional, "Lovelace", sobre os bastidores do pornô mais lucrativo da história, "Garganta Profunda" (1972).

Ele vive Hugh Hefner, fundador da "Playboy". O longa tem menos sexo e mais violência doméstica entre Linda Lovelace (Amanda Seyfried) e seu marido e produtor Chuck Taynor (Peter Sarsgaard).

Outro pornógrafo nas telas de Sundance é o inglês Paul Raymond (1925-2008), fundador do primeiro clube de striptease da Grã-Bretanha, nos anos 1950, e editor de revistas adultas.

O longa "The Look of Love" é protagonizado por Steve Coogan e tem direção de Michael Winterbottom, que centralizou a história nas três pessoas mais importantes da vida de Raymond: sua mulher, sua amante e sua filha.


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