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Dentro do eixo

Criada para descentralizar cena musical, rede de coletivos Fora do Eixo ganha poder ao expandir ações pelo país e estreitar relações com governos

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER MATHEUS MAGENTA DE SÃO PAULO

Cena 1: O novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, comemora sua posse no bar Brahma com um seleto grupo de familiares e aliados.

Cena 2: A presidente Dilma recebe Selton Mello e Marta Suplicy para uma sessão VIP de "O Palhaço" no Planalto.

O ponto em comum é a presença do produtor cultural Pablo Capilé, 33, dirigente do Fora do Eixo, rede de coletivos que reúne mais de 2.000 pessoas por todo o país.

Essa história começa em 2006, quando jovens ligados à cena musical independente uniram forças em Cuiabá (MT) para dar voz a artistas de fora do eixo Rio-São Paulo.

Mas foi nas gestões de Gilberto Gil e de Juca Ferreira no Ministério da Cultura (2003-10) que a rede ganhou poder de fogo. Levantou a bola da inclusão digital e da flexibilização de direitos autorais, causas que ganharam a atenção de Gil e Juca no MinC.

O protagonismo político veio em 2011, com críticas à sucessora Ana de Hollanda (2011-12), acusada por eles de sufocar essas bandeiras.

Desde então, a rede cresceu e apareceu. Em 2012, movimentou R$ 13 milhões com o "banco de serviços Fora do Eixo", que vai de festivais de arte a consultorias.

Hoje, seus membros são recebidos pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, e pelo secretário Juca Ferreira, em SP.

A ascensão do grupo desperta reações apaixonadas. Críticos desconfiam da proximidade com o poder e os acusam de concentrar recursos públicos para a cultura.

"Se eles incomodam, é pela capacidade de agir. Não pedem licença e nem beijam mão. Saem fazendo", diz Ivana Bentes, diretora da Escola de Comunicação da UFRJ.


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