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Crítica / MPB

Disco dá vontade de garimpar suas músicas na voz de outros cantores

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

A primeira coisa que pode ser dita sobre o encontro musical de Francis Hime e Guinga é que demorou. Dois compositores com tantas afinidades poderiam ter encarado projeto conjunto há tempos.

Gravado em atitude despojada, só os dois com suas vozes, o piano de um e o violão do outro, "Francis e Guinga" acaba expondo qualidades e escancarando deslizes.

Nada a dizer do repertório. Talvez alguns torçam o nariz à ideia de gravar, na maioria das faixas, as canções em pares. Uma de Hime e outra de Guinga, unidas por trechos instrumentais. Às vezes funciona; às vezes, nem tanto.

Das três inéditas, a que mais instiga é "A Ver Navios", parceria dos dois com letra de Olivia Hime. "Cambono" e "Doentia", as outras novas, são bonitas, mas sem chance de figurar em antologias.

Há passagens lindas de letra e harmonia aqui e ali. Afinal, as parcerias são superlativas: Chico Buarque, Vinicius, Paulo César Pinheiro...

Mas tudo fica comprometido pelos vocais. Este mesmo disco, com bons cantores convidados, seria mais agradável. A audição do álbum, a partir da quarta ou quinta música, passa a exigir bastante do ouvinte.

São compositores que não têm voz para as canções nada simplórias que criam. "Francis e Guinga" dá vontade de garimpar suas belas músicas em CDs de outros intérpretes.


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