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Mostra revê produção de Jorge Andrade

Evento no Itaú Cultural, de hoje a domingo, apresenta peças e debates sobre o autor que modernizou o teatro e as telenovelas

Grupo Tapa vai encenar "A Moratória" e Cia. do Latão fará leitura dramática de texto inédito do escritor

GABRIELA MELLÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nenhuma data especial de vida ou de morte de Jorge Andrade (1922-1984) é celebrada neste ano. Mesmo assim o autor ganha entre hoje e domingo uma bela homenagem no Itaú Cultural.

Estimulada simplesmente pelo impacto de sua força artística, a mostra Presença de Jorge Andrade evidencia a importância da produção deste dramaturgo e roteirista de TV.

Para Beth Azevedo, curadora da homenagem, Andrade participou do processo de modernização do teatro e da telenovela com obras como "Os Ossos do Barão", levada aos palcos em 1963 e adaptada para a TV dez anos depois.

"Ao retratar a crise do café, ele trouxe ao palco brasileiro uma nova temática. Revelou um mundo de tradições e conflitos, trabalhando aspectos épicos, como deslocamentos de tempo e espaço, muito pouco comuns na época", diz ela, que é professora de teatro brasileiro da USP.

A programação do evento revisita a carreira de Jorge Andrade, apresentando espetáculos como "A Moratória", do Grupo Tapa, e registros de peças gravadas em vídeo.

É o caso da filmagem inédita da montagem de 1993 de "Vereda da Salvação", realizada pelo Teatro Brasileiro de Comédia, sob direção de Antunes Filho.

"O Mundo Composto", texto inédito do autor, receberá uma leitura dramática liderada por Sérgio de Carvalho, diretor da Cia. do Latão.

A mostra também promove bate-papos com Eduardo Tolentino, encenador do Tapa, Sérgio de Carvalho e Mauro Alencar, doutor em teledramaturgia e pesquisador da Rede Globo.

Segundo Tolentino, que já encenou três obras do autor (além de "A Moratória", "Rasto Atrás" e "O Telescópio"), Andrade talvez seja o dramaturgo "que mais represente São Paulo em suas contradições entre um mundo arcaico e moderno".

"Seus textos retratam o conflito de gerações e apresentam o ser humano em inadequação com tempo presente", observa Alencar.


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