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Idioma tende a ser barreira para brasileiros

DA COLUNISTA DA FOLHA

Uma dificuldade para a publicação de brasileiros no exterior é o idioma: pouquíssimos editores leem português. No mercado de língua inglesa, é comum editores só lerem mesmo no próprio idioma.

Nos últimos anos, tem se tornado comum editores, agentes e até autores brasileiros mandarem traduzir trechos de obras para apresentá-las ao mercado estrangeiro.

Mais difícil que isso é um autor escrever uma obra literária num idioma que não é aquele em que foi criado -há casos clássicos, como o do tcheco Franz Kafka, que escrevia em alemão, e o russo Vladimir Nabokov, mestre da literatura em língua inglesa.

Eram outros tempos. Hoje, a cultura pop é um caminho de familiarização com o inglês. Assim como Lilian Carmine, o recifense Jacques Barcia, 34, que há alguns anos publica em inglês, credita a facilidade ao contato com livros, quadrinhos, músicas e games.

"É mais difícil, é claro. Não sou nativo nem morei em país anglófono. É possível que meu texto tenha sotaque, porque não tenho a dinâmica natural. Isso gera mais tempo de elaboração, de pesquisa pela palavra certa", diz ele, que teve contos editados por independentes como a Solaris e a Immersion Press.

A Prumo lança em breve um best-seller americano assinado por uma carioca: "Never Sky: Sob o Céu do Nunca", de Veronica Rossi. É possível que a naturalidade da autora tenha animado livrarias: com tiragem inicial de 10 mil cópias, o livro já está em reimpressão.

Mas Verônica morou só até os quatro anos no Brasil. Hoje, vive na Califórnia. "Meus pais sempre falaram português, então entendo, mas não falo tão bem. Só coisas como 'oi, primos'", disse à Folha.


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