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Rivalidade em Parintins racha transmissão de festival na TV

KÁTIA BRASIL DE MANAUS

A conhecida rivalidade entre Garantido e Caprichoso, agremiações de boi-bumbá que duelam no festival de Parintins (AM), resultou num racha na transmissão do evento pela TV.

Cada boi assinou contrato individual com emissoras diferentes, e os torcedores terão de trocar de canal para assistir às apresentações ao vivo no final de junho.

"Isso [a polêmica] é mesmo uma questão bovina. Quando um boi vai para um canto, o outro boi vai para o outro canto. É a rivalidade", diz o secretário de Cultura do Amazonas, Robério Braga.

O Caprichoso acertou a transmissão exclusiva com a Rede Amazônica, afiliada local da Rede Globo, e com o canal via satélite Amazon Sat.

O contrato, assinado neste mês, prevê que o boi-bumbá azul terá inserções ao vivo na programação da Globo, como no "Jornal Nacional" e no "Domingão do Faustão".

Já a apresentação do Garantido será transmitida pela TV A Crítica, afiliada da Record, e pelo canal via satélite RCC Sat, conforme contrato assinado na semana passada.

O acordo também dá direito a inserções da agremiação vermelha em programas nacionais da Record, como o "Programa do Gugu" e o "Domingo Espetacular".

Ambos os contratos já entraram em vigor para transmissão dos eventos que antecedem o festival, como ensaios e gravações de DVDs.

Neste ano não haverá transmissão nacional do festival por canais abertos como ocorreu entre 2008 e 2012, período em que a Bandeirantes detinha o direito.

A disputa entre Garantido e Caprichoso acontece desde 1966 e dura três noites no final de junho, em Parintins, a 368 km de Manaus.

Os bois se apresentam por duas horas cada um, entoando canções para desafiar o adversário. O festival atrai turistas e patrocínio público e privado que somam cerca de R$ 12 milhões. A festa faz dobrar a população da cidade, que tem 102 mil habitantes.

A diretoria do Garantido afirma que analisou as propostas de transmissão das duas emissoras. Optou pela TV A Crítica porque a Rede Amazônica (Globo) não garantiu verbas além de um percentual do que for arrecadado com publicidade.

"Um aporte financeiro de R$ 3 milhões para cinco anos de contrato [além de um percentual da publicidade] foi o diferencial da TV A Crítica", disse o advogado do Garantido, Fábio Cardoso.

O Caprichoso não atendeu ao pedido de entrevista da Folha. Em nota, a presidente da agremiação, Márcia Baranda, afirmou que assinou o contrato de cinco anos com a Rede Amazônica após consenso da diretoria.

O presidente da TV A Crítica, Dissica Calderaro, lamentou o resultado das negociações com o Caprichoso. "Acho que a tomada de decisão unilateral não é sábia".

O assessor da diretoria da Rede Amazônica, Phelippe Daou Júnior, disse esperar que o Garantido reconsidere sua posição. Se não, ele diz que a emissora pode até deixar de transmitir o festival.


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