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Televisão

Novela terá fotografia de cinema americano

Diretor Affonso Beato introduziu técnica que recria imagens noturnas a partir da luz do dia em "Flor do Caribe"

Radicado nos EUA desde 1969, diretor de fotografia já trabalhou com Pedro Almodóvar e Stephen Frears

ALBERTO PEREIRA JR. DE SÃO PAULO

Há mais de 40 anos, Affonso Beato, 71, vive dividido entre dois países.

Radicado nos Estados Unidos desde 1969, "quando a ditadura militar ficou pesada e as pessoas se exilaram", ele ainda conserva sua casa no Rio de Janeiro. Também tem dois carros, um no Brasil e outro em Los Angeles.

Constantemente, vem ao país, seja para rever amigos, seja a trabalho.

Celebrado diretor de fotografia -trabalhou nos filmes "Tudo sobre Minha Mãe" (1999), de Pedro Almodóvar, e "A Rainha" (2006), de Stephen Frears, além de outras 50 produções estrangeiras-, deu consultoria à novela "Flor do Caribe", da Globo, que estreia amanhã, às 18h.

Não é o seu primeiro trabalho para a emissora.

Ao lado de Jayme Monjardim, diretor de núcleo da nova trama, integrou a equipe de "Viver a Vida" (2008), da minissérie "Maysa - Quando Fala o Coração" (2009) e do especial de fim de ano de Roberto Carlos gravado em Jerusalém (2011).

"O Jayme é muito versátil. Faz cinema também e pediu para eu incrementar a estética da novela", diz.

"No começo de um folhetim, a Globo sempre investe em locações extraordinárias. Em 'Flor do Caribe', a equipe esteve na Guatemala e eu fui com eles ao Nordeste", diz ele, que também trabalhou no filme ainda inédito "O Tempo e o Vento", também de Monjardim.

LUAR

Ambientada em praias do Rio Grande do Norte, "Flor do Caribe" marca o retorno do autor Walther Negrão ao cenário litorâneo desde "Tropicaliente" (1994).

A história é centrada no triângulo amoroso vivido por Ester (Grazi Massafera), Cassiano (Henri Castelli) e o vilão, Alberto (Igor Rickili).

Para preservar a beleza do paradisíaco cenário com céu limpo, mar, dunas, lua e sol, mesmo durante as filmagens noturnas, Affonso Beato trouxe para a novela a técnica chamada "noite americana", comumente usada no cinema americano.

"Filma-se o dia e daí se cria, na pós-produção, a imagem de uma noite de luar. Assim, não perdemos a textura e a profundidade das locações, o que ocorreria se tivéssemos que iluminar artificialmente a noite", explica.

Segundo a Globo, esta é a primeira vez que um folhetim brasileiro usa o artifício.

Imagens em 3D também foram captadas numa basea aérea de Natal.

"A televisão é a nossa Hollywood. É o sonho que o cinema brasileiro teve em relação à industrialização do entretenimento."

"Uma novela hoje em dia se comunica com 60 milhões de pessoas numa noite. É um fenômeno que não existe em nenhum outro lugar do mundo", conclui o profissional, que também dá aulas na faculdade Art Center College of Design, na Califórnia.


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