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Casa de Francisca celebra boa fase em show com 87 artistas

Na segunda edição do El Grande Conserto, atrações foram de O Terno a Paulo Vanzolini no Teatro Oficina

Evento realizado no sábado e no domingo revelou novo projeto de Arrigo Barnabé e inéditas do Passo Torto

LUCAS NOBILE DE SÃO PAULO

O Teatro Oficina foi ocupado neste fim de semana com uma festa à altura de sua importância. Símbolo da resistência cultural de São Paulo contra os grandes empreendimentos, o reduto do diretor Zé Celso Martinez Corrêa foi palco do El Grande Conserto.

Ao contrário da estreia no ano passado, o evento organizado pela Casa de Francisca teve, em sua segunda edição, um tom de celebração.

Em 2012, a festa fora sugerida pelos artistas, que propuseram aos idealizadores da casa de shows se apresentarem sem cobrar cachê e levantar fundos para uma reforma pela qual o premiado estabelecimento de apenas 44 lugares tinha passado.

Depois de um ano com cerca de 200 shows e 98% de lotação, os artistas se reuniram com o objetivo de coroar o bom momento vivido pela Casa de Francisca.

"Neste ano, o projeto surgiu em novo contexto e houve um rateio da bilheteria entres todos os 87 artistas, que receberam cachês simbólicos", explica Rubens Amatto, um dos idealizadores da casa, ao lado de Rodrigo Luz.

CELEBRAÇÃO

"A segunda edição marca a consolidação da casa em seu melhor momento e de um projeto anual de celebração do melhor da música independente contemporânea na cidade", completa o administrador do imóvel de 1913, localizado no bairro dos Jardins e frequentemente alvo da especulação imobiliária.

No sábado, o evento teve apresentações que foram desde os garotos d'O Terno até a Isca de Polícia, banda que acompanhava Itamar Assumpção (1949-2003), passando por Chico Saraiva, Mauricio Pereira, Zé Miguel Wisnik e Zé Celso.

A segunda noite, com o teatro mais cheio, teve shows de Paulo Vanzolini, Eduardo Gudin, Juliana Amaral, Nelson Ayres, Renato Braz, Cida Moreira, Metá Metá, Ná Ozzetti e Felipe Cordeiro.

"Um evento como este é algo muito importante. É como um panorama contemporâneo da música paulistana, embora nem todo mundo que está aqui seja paulistano mesmo. Vai de Nelson Ayres ao MarginalS", disse o compositor Romulo Fróes, que se apresentou com seu projeto Passo Torto.

CELEIRO DE INÉDITAS

Reforçando o espírito da Casa de Francisca, que se tornou palco para que artistas apresentem suas músicas e seus projetos pela primeira vez, El Grande Conserto funcionou também como um laboratório de inéditas.

Um dos grupos a experimentar novos temas foi o Passo Torto, de Kiko Dinucci,

Romulo Fróes, Rodrigo Campos e Marcelo Cabral, que tocou pela primeira vez as músicas de seu novo disco já gravado, "Passo Elétrico".

Quem também estreou novo projeto foi Arrigo Barnabé, que revelou o show "O Neurótico e As Histéricas", acompanhado por uma banda formada apenas por mulheres.

A noite ainda teve o trio MarginalS, que dividiu o palco com Criolo. "A primeira vez em que ele tocou essa música foi lá na casa", disse Amatto, emocionado com a interpretação do hit de Criolo "Não Existe Amor em SP".


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