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Grupo português traz ao país seu teatro político para falar da crise

Teatro do Vestido faz ocupação artística na SP Escola de Teatro, onde encena trilogia "Monstro"

O diretor brasileiro Maurício Paroni de Castro foi convidado para escrever e dirigir as duas últimas peças

MARCIO AQUILES DE SÃO PAULO

O grupo teatral português Teatro do Vestido inicia hoje na SP Escola de Teatro um período de residência artística que consiste na encenação de "Calamidade", "Hecatombe" e "Apocalipse", espetáculos que compõem a trilogia denominada "Monstro".

A primeira peça aborda a crise econômica que assola Portugal. "Fazemos uma etnografia do país, retratando a calamidade política instaurada", afirma Joana Craveiro, atriz e diretora da montagem.

O grupo fundado em 2001 trabalha sempre com textos originais e em processo de criação coletiva.

"Partimos de histórias pessoais, e cada ator estabelece a sua linha dramatúrgica", diz Craveiro, que usa como referência a história portuguesa, ao passo que a atriz Tânio Guerreiro utiliza seu passado familiar, e Gonçalo Alegria, o seu cotidiano.

Para "Hecatombe" e "Apocalipse", no entanto, convidaram o diretor Maurício Paroni de Castro para a concepção e direção. "Eu quis mostrar que o que acontece em Portugal é diferente da imagem estereotipada que temos aqui", conta Paroni. "Minha ideia foi criar uma visão sintética e emblemática do que é Portugal nos dias de hoje."

Para tanto, usou como metáfora os personagens Hamlet, Nora [de Ibsen] e Qualquer Uma [de Pirandello] em sua narrativa. "O texto que escrevi serve como pretexto, ponto de partida, pois o ator é o verdadeiro suporte para a minha dramaturgia."

Durante a entrevista, enquanto os atores faziam as fotos, Paroni teve uma epifania.

Sentiu certo embaraço por parte do elenco diante dos cliques, e decidiu não apenas retratar a cena em "Apocalipse", como usá-la como fio condutor desta última peça da tríade, que será desenvolvida ao longo das próximas duas semanas na escola.


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