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O mapa da cultura

Diário de Los Angeles

LA não pode parar

Bilionário quer salvar o pior trânsito dos EUA

FERNANDA EZABELLA

O BILIONÁRIO Elon Musk está revolucionando a indústria de foguetes e finalmente conseguiu neste ano anunciar lucro com sua montadora de carros elétricos Tesla, fundada há dez anos. Mas um desafio, no entanto, ele está longe de resolver: o trânsito de Los Angeles, que pelo segundo ano seguido ficou no topo da lista dos piores dos EUA.

De acordo com dados da Inrix, os angelenos passaram 59 horas parados no carro em 2012. A cidade tem 3,7 milhões de habitantes e 2,5 milhões de veículos --para comparar, São Paulo tem quase três vez mais: 11 milhões de habitantes e 7 milhões de veículos.

Para Musk, a situação é inviável. Tanto que o executivo de 41 anos, que fez seu primeiro bilhão ao vender o PayPal para o eBay em 2002, já doou o equivalente a R$ 100 mil para acelerar as obras da via expressa 405, que ele pega diariamente entre sua casa em Bel-Air e sua fábrica de foguetes em Hawthorne. E está disposto a dar muito mais.

"Seria uma contribuição à cidade e à minha felicidade. Se isso puder fazer a diferença, eu teria o maior prazer em contribuir com dinheiro e com ideias", disse Musk ao jornal "Los Angeles Times". "Parece que a população está sendo torturada com isso. Não entendo como não estão marchando nas ruas [para protestar]."

A 405 é a autoestrada mais congestionada dos EUA, com 116 km de extensão, atravessando boa parte do sul da Califórnia.

As obras de alargamento nos trechos de Los Angeles devem demorar mais um ano para terminar, ao custo total de mais de R$ 2 bilhões.

TOUR RAYMOND CHANDLER

Uma antiga prisão e um velho hotel de Los Angeles, além de alguns bares, estão na rota do tour Raymond Chandler (1888-1959), que acontece no dia 18/5, organizado pela Esoturic Tour.

Um dos mais famosos escritores do romance policial, Chandler nasceu em Chicago, cresceu em Londres e veio para a Califórnia em 1912.

O passeio de ônibus leva até o hotel na região de Skid Row que aparece no romance "A Irmãzinha" (1949), onde um homem careca morre ao ter um furador de gelo fincado no pescoço. Passa também em frente à antiga cadeia na qual Chandler dormiu algumas vezes por embriaguez --e tirou suas inspirações para a solidão de seu detetive Philip Marlowe em "O Longo Adeus" (1953). O prédio em que Marlowe morava em "A Dama do Lago" (1943) está na lista, assim como o Bridge Room, no Los Angeles Athletic Club, um dos lugares favoritos do escritor.

O tour refaz sua trajetória pela cidade desde a juventude pré-literária, quando trabalhou no escritório de uma refinaria, e segue até os anos dourados em Hollywood. Uma das paradas do passeio de quatro horas acontece na sorveteria Scoops, que cria sabores inusitados em homenagem aos romances noir. Tem sorvete de café com Jack Daniels, Guinness com chocolate e até nicotina (com chiclete Nicorette).

BRINQUEDOS E HOLOCAUSTO

Gary Baseman, conhecido pelas ilustrações e pela "toy art", leva sua casa para dentro da primeira retrospectiva de seu trabalho, no Centro Cultural Skirball (skirball.org).

Móveis, pratos e fotografias de família estão lá, incluindo a mesinha de mármore onde começou a desenhar quando criança. Há um quarto só para os desenhos que fez para publicações como "The New Yorker", "The Atlantic" e "Rolling Stone".

Em outro, o visitante conhece sua "toy art" e o desenho animado criado para a Disney. Baseman, 53, disse à Folha que já foi ao Carnaval do Rio duas vezes, desfilou na avenida com escolas e tirou fotos até o amanhecer, mas essas imagens eram "um pouco demais" para o Skirball, um centro judaico familiar.

Gary Baseman nasceu em Los Angeles, filho de sobreviventes do Holocausto. Uma das salas é dedicada a seus estudos sobre o passado dos pais ao escapar do nazismo, com pinturas e fotos para lá de sombrias.

REI DO PORCO

O festival culinário Cochon 555 existe há cinco anos e acontece por 14 cidades dos EUA. Hoje é a vez de Los Angeles. Cada um dos cinco chefs convidados terá que fazer um menu completo tirado de um porco de raça de 90 quilos.

O melhor banquete será votado por 20 juízes e 400 convidados (os ingressos variam de US$ 125 a US$ 250).

Haverá demonstrações de técnicas de corte, degustação de ostras e dos pratos dos chefs, além de bar de vinhos e queijos. O vencedor segue para a próxima etapa, em Aspen, em junho.

Fotos e vídeos do festival, além de tutoriais de preparo de pratos com carne suína, estão disponíveis no site amusecochon.com.


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