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Jogos de Sochi dão destaque à música

IRINEU FRANCO PERPETUO

com orçamento de 1,5 trilhão de rublos (cerca de R$ 105 bilhões), que fazem da competição a mais cara de todos os tempos, a Olimpíada de Inverno de Sochi terá ambiciosa programação cultural.

Célebre pelas águas minerais com propriedades terapêuticas, o balneário do Mar Negro vem preparando seus "Jogos Olímpicos da Cultura" desde 2010, abordando um tema por ano. Primeiro foi o cinema; seguiram-se teatro (2011), música (2012) e museus (2013).

O ponto culminante, no entanto, acontece agora, com a sétima edição do Festival Internacional de Inverno de Sochi, que o violista e regente Iuri Bashmet, 61, criou na cidade em 2008. Um dos maiores artistas de seu instrumento, a viola, ele é o segundo músico russo a mais faturar na seara erudita.

Segundo a revista "Forbes", foram US$ 3 milhões (R$ 7 milhões) em 2012, atrás apenas de Valery Gergiev --com quem compartilha a admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin.

A proximidade entre ambos os músicos é tão grande que, em janeiro, Bashmet comemorou seus 61 anos não em Moscou, onde estão as orquestras que ele chefia, mas com um concerto no Mariinski 2, o novo teatro de Gergiev, em São Petersburgo. Em outubro deste ano, ele se apresentará na Sala São Paulo, na série do Mozarteum Brasileiro, com a orquestra de câmara que criou em 1992, chamada os Solistas de Moscou.

Em Sochi, além dos Solistas, Bashmet terá à disposição outro grupo moscovita, a Orquestra Sinfônica Estatal Nova Rússia, sob seu comando desde 2002. A programação, que vai até 20 de fevereiro, é marcada pelo ecletismo, contemplando jazz (o trompetista Brian Lynch), teatro (com o ator Ievguêni Mirónov, diretor artístico do Teatro das Nações, de Moscou) e balé. A ênfase, porém, está na música erudita.

Bashmet levará aos Jogos Olímpicos astros da ópera, como as sopranos Barbara Frittoli e Malin Hartelius, o tenor Ian Bostridge e o barítono Erwin Schrott, além do pianistas Fazil Say e do violinista Renaud Capuçon.

O principal festival de música erudita do planeta, o de Salzburgo, entra como parceiro na organização de um concerto em homenagem ao salzburguês-mor, Wolfgang Amadeus Mozart, e o próprio Bashmet mostra sua versão de duas obras-primas da arte russa, unindo o romance em versos de Púchkin e a ópera de Tchaikovsky em "Eugênio Oneguin", espetáculo que mescla teatro e canto lírico.

Tentando contemplar as culturas não ocidentais, haverá a participação de grupos de dança e percussão da Coreia. Também será apresentado o oratório "Layla e Manjun", do compositor francês nascido em Israel e criado no Marrocos Armand Amar, 61, conhecido por suas trilhas para filmes de Costa-Gavras. A obra terá a participação de músicos de dez países da Europa, Ásia e África, tocando instrumentos convencionais e "étnicos".


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