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Meu cartão-postal

Apartamentos em edifícios assinados geram disputa em SP, mesmo sendo mais caros ou precisando de reforma

DANIEL VASQUES DE SÃO PAULO

Morar em um edifício antigo e assinado por arquitetos famosos na cidade de São Paulo tem seu charme, mas não é fácil.

Em boa parte dos casos, o apartamento pode ser até 30% mais caro que um imóvel de tamanho parecido no prédio vizinho, costuma precisar de reforma e não possui vaga na garagem. Além disso, paciência para achar uma unidade disponível e depois ter de reformá-la também pode fazer parte do pacote.

Apesar das dificuldades, esse mercado tem um público fiel. Apreciadores de arquitetura e investidores afirmam que um imóvel desse tipo, se bem cuidado, é semelhante ao que dizem do vinho: quanto mais antigo, melhor --e mais caro.

O edifício Copan (região central), com apartamentos de diferentes tamanhos, é o mais famoso deles no segmento residencial. Construído de 1951 a 1966, tem 36 pavimentos, 82 lojas, 115 metros e foi projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012).

Tanto o Copan como alguns de seus pares fazem parte de um capítulo da história de São Paulo em que as construções do centro, erguidas no início do século passado sob inspiração principalmente francesa, perderam espaço para arranha-céus, sob influência americana e modernista ao mesmo tempo.

"A verticalização começou em 1920, mas os edifícios residenciais apareceram em 1930 e 1940, principalmente no centro", afirma a pesquisadora Nadia Someck.

"Até a década de 1970, não se pensava em um edifício como um empilhamento de casas", diz José Armênio Cruz, presidente do IAB-SP (Instituto de Arquitetos do Brasil).

Moradora de Higienópolis, antiga região de palacetes, a atriz Grace Gianoukas, 49, comprou um apartamento no edifício Bretagne, em 1994. Hoje quer se mudar para um com três quartos --no mesmo prédio. "Mas tem até fila de espera", diz.


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