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Imóveis

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Adaptações chegam a padrão mais econômico

Imóveis preparados para a terceira idade entram na mira de construtoras

Oferta ocorre a partir de pedido de comprador e ainda é considerada incipiente, apesar de diretrizes da legislação

CAROLINE PELLEGRINO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Tornar a casa receptiva e amigável ao idoso é uma iniciativa que, em geral, se impõe pela necessidade. Mas há como se antecipar.

De olho no crescimento da população acima dos 60 anos, muitas construtoras aceitam pedidos de adaptação de unidades ainda na planta -inclusive no segmento econômico.

Pelo menos um apartamento em cada empreendimento lançado pela Gafisa em São Paulo é adaptado, segundo o diretor de negócios da construtora, Octavio Flores.

A empresa tem um programa que prevê alterações, sem custo extra. Ele contempla, por exemplo, a ampliação do vão das portas (para cadeirantes), o nivelamento do piso no banheiro, a troca de louças e metais e o reforço da alvenaria para barras de apoio.

"Os pedidos são mais frequentes para médio e alto padrão. Mas o último que registramos foi no Fantastique, mais econômico."

Já a incorporadora Tecnisa adota, desde 2010, soluções para atender os compradores na casa dos 60 anos e que são 15% dos clientes.

"Percebemos que, pensando na hora de projetar, não aumentamos o custo da construção. É uma questão de especificar o material adequado", diz Gisele de Luca, gerente de projetos da empresa.

Com foco em produtos econômicos, a MRV Engenharia oferece a possibilidade há um ano e meio. Segundo Juliana Lopes, gestora de projetos da MRV, cerca de 98% dos condomínios têm, ao menos, 3% de unidades modificadas.

A construtora Kallas, que atua no segmento popular com a Kazzas, oferece apartamentos adaptados, desde a concepção do projeto, independentemente do padrão.

ESCOLHA

Segurança e acessibilidade pesaram na compra do imóvel, segundo Maria Rita Tostes da Costa Bueno, 84. "Eu e meu marido, Roberto, observamos a acessibilidade à piscina. Em casa, incluímos barras, fixadores nos tapetes, luzes e botões de emergência."

Segundo a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Sheila Walbe Ornstein, o imóvel ideal para idosos deve evitar acidentes e permitir independência (leia mais acima).

A arquiteta Karina Afonsa valoriza medidas simples e econômicas. "Barras de apoio, torneiras e misturadores de fácil acionamento e pontos de luz que guiem pelos cômodos ajudam muito."

Preocupado com o bem-estar, o editor de livros Lafayette Megale, 79, adaptou o imóvel, na Bela Vista, com rampa de acesso, portas de correr e pisos com material antiderrapante. "As mudanças ficaram excelentes e gastei cerca de R$ 10 mil."


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