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Imóveis

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Reduzir estoque é meta de construtoras

Lançamentos e vendas de imóveis despencam em SP; entenda o cenário atual e veja como fazer o melhor negócio

Freio na venda de lançamentos e alto índice de unidades devolvidas por clientes ampliam a oferta

DANIEL VASQUES DE SÃO PAULO

Com o estoque elevado de imóveis novos na cidade de São Paulo, o consumidor está mais fortalecido na hora da compra. Um apartamento é considerado em estoque ao não ser vendido três meses após o lançamento -- em São Paulo, há hoje 18.619 unidades nesta situação.

Hoje, além de mais opções de empreendimentos para comparar, as chances de descontos aumentam, sobretudo com unidades prontas ou em ritmo avançado de obras.

Para não ter custos como de condomínio e IPTU, que ficam a cargo das empresas se um apartamento pronto não é vendido, elas podem abrir mão de um percentual do valor original.

"Não é à toa que as grandes incorporadoras estão fazendo campanhas de descontos", diz Bruno Vivanco, da imobiliária Abyara Brasil Brokers, citando o baixo desempenho econômico do país e os cancelamentos de contratos "em patamar elevado".

Nesse caso, diz ele, trata-se das devoluções de imóveis, que ocorrem porque o cliente não consegue financiar o apartamento na hora da entrega do empreendimento.

Com esse "estoque" de volta para a empresa, os preços podem ser melhores até do que o de imóveis na planta.

Isso também pode ocorrer nos casos em que o prédio está para ser entregue e sobram unidades à venda.

O analista de negócios Luiz Alberto Paixão Dias, 30, conta que, em maio do ano passado, pesquisou dois prédios da mesma construtora e de padrão muito parecido, em ruas vizinhas na Vila Carrão (zona leste de São Paulo).

Depois de negociar, conseguiu abatimento de cerca de 15% no preço do imóvel em obras, mas não no da planta.

"A corretora ofereceu descontos, mas chorei' um pouquinho e consegui mais."

Dias pegou as chaves do apartamento na última quarta-feira, e o outro empreendimento, cerca de R$ 35 mil mais caro na ocasião da compra, segue em obras.

DESCONTOS

O anúncio de um desconto alto não deve fazer o comprador deixar de pesquisar bem a localização e as características do empreendimento (veja quadro ao lado).

"Os descontos mais agressivos são para as piores unidades do prédio e o consumidor precisa ficar alerta", afirma Carlos Eduardo Fernandes, superintendente da incorporadora Brookfield.

Ele diz que é comum, por exemplo, ver em feirões a venda de imóveis no primeiro andar ou voltados para uma avenida barulhenta.

Fernandes lembra também que o consumidor deve se questionar se o abatimento do preço é de fato real. "Há um desconto de 20%, mas será que o apartamento não tinha 20% a mais de preço?"

No caso de imóveis na planta, a melhor forma de obter um preço mais baixo do que o anunciado é dar uma entrada grande ou, se couber no bolso, pagar à vista.

O desconto ocorre porque a empresa deixará de arcar com os juros do financiamento para erguer a obra. "Pagando à vista, o consumidor pode conseguir 25% de desconto", diz Fernandes.


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