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Imóveis

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Apê novo no centro é pequeno e 'equipado'

Construtoras miram público jovem e ampliam serviços no condomínio

Moradores reclamam de falta de segurança e pontos de drogas; transporte e atrações culturais pesam a favor

DE SÃO PAULO

Os imóveis lançados no centro têm como alvo os solteiros ou casais sem filhos. O tamanho é o principal motivo.

Uma diferença entre as quitinetes, comuns na região, e os novos imóveis é a área comum dos projetos. Os lançamentos contam, em geral, com salão de festas, piscina e academia, ao contrário dos compactos antigos.

Em alguns empreendimentos de alto padrão, são previstas tomadas USB, piscina com borda infinita e sistema de reúso de água da chuva para regar as plantas.

"Acreditamos que o centro não é só opção de moradia barata, mas sofisticada", diz Antonio Setin, presidente da incorporadora Setin.

A empresa deverá lançar nas próximas semanas, simultaneamente, três edifícios no chamado centro velho --um próximo à praça da República, outro na avenida São Luís e o terceiro na rua Genebra.

No da Praça da República, haverá fachada em pele de vidro, térreo com pé-direito triplo, mirante e um painel com 3 metros de altura e 30 metros de comprimento.

O diretor comercial da incorporadora Paulo Mauro, que deve lançar neste mês o seu primeiro empreendimento no centro, o Just Brigadeiro, diz que a empresa venderá imóveis de 35,5 m² a 70 m².

As unidades virão com porcelanato e, no banheiro, com azulejo da parede até o teto.

O metro quadrado, na média, custará por volta de R$ 9.000 e todos os apartamentos virão com vaga de garagem, ao contrário do que ocorre em boa parte dos lançamentos no centro.

Nos prédios em que há vagas só para parte das unidades, segundo João Henrique, diretor de atendimento da Lopes, um imóvel com garagem tende a custar, em média, de R$ 35 mil a R$ 45 mil a mais em relação a outro no edifício.

MELHORIAS

O empresário Alexandre Cezar Hirsch, 40, adquiriu dois imóveis na planta como investimento há cerca de dois anos e meio nas avenidas Brigadeiro Luís Antônio e São João.

Confiante na revitalização do centro ao comprá-los, Hirsch diz que ele "mudou menos do que imaginava" na ocasião. Ainda assim, vê espaço para valorização.

Hirsch cita o grande número de pessoas usando drogas nas ruas como um problema da região central.

Ele não se decidiu se vai vendê-los ou alugá-los. Se vender, calcula pedir cerca de R$ 400 mil por um deles, pelo qual pagou R$ 300 mil.

Para o presidente do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), Claudio Bernardes, apesar dos empregos e do bom transporte público, o centro ainda carece de segurança à noite.

Quanto aos projetos, diz que ainda são pulverizados demais para compor uma escala que propague melhorias.

"Precisamos criar nódulos que irradiem transformação com ícones positivos. Outras cidades criaram centros, estruturas, teatros. Ainda não temos, mas vão surgir", aposta.


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