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Ciberarquiteto

O ano dos festivais de design

Em um ano de crise na economia, um tema se repete no bom design: criar menos e pensar mais

O ano de 2012 foi, para mim, o ano dos festivais de design. Estive em Paris, Londres, Amsterdã, Milão e Miami gravando meus programas para a TV e, pela primeira vez, representando o Brasil com meu trabalho.

Nesses lugares, tive a honra de conhecer designers e arquitetos que admiro e que dedicam suas vidas a refletir sobre objetos, ambientes e cidades. Tom Dixon, Zaha Hadid, Marcel Wanders, Maarteen Baas, Mels Crowel, Thomas Heatherwick, Jürgen Mayer-Hermann e Oki Sato (Nendo) são alguns exemplos.

Em cada festival, há uma enorme quantidade de lançamentos, numa indústria que não para de crescer envolta por um espetáculo visual. Nesse contexto, aprendi a observar como os objetos espelham a cultura e o modo de pensar das pessoas.

Em Milão, a maior e mais importante feira de design, a representação holandesa e nórdica expõe seus lançamentos em garagens de um bairro na periferia da cidade. Longe do "mainstream" do Salão do Móvel (onde brasileiros adoram passar dias inteiros em intermináveis pavilhões) são apresentados conceitos que priorizam a ironia, materiais de reúso e peças de acabamentos rústicos, contrariando a perfeição dos móveis italianos.

Enquanto isso, países emergentes preferem expor a grandeza de suas economias em estandes de gosto duvidoso, com canhões de luz e recepcionistas chamativas.

Em Londres, ficou claro que o design mais relevante tende a explorar a flexibilidade que nossas casas exigem e a multifuncionalidade de que nosso dia a dia necessita.

Fechei a maratona na Design Miami, uma feira em clima de festa. Percebo que, em um ano de crise econômica, um tema relevante se repete no bom design, independentemente da geografia: criar menos e pensar mais. Foco na experiência do produto e destaque para peças que questionam o futuro das cidades. Resumido num termo que aprendi nesses festivais, o "designativismo".


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