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Imóveis

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Alugar fica mais difícil nesta época do ano

Período de férias aquece mercado de locação, especialmente em regiões que têm universidades próximas

Estudantes miram centro, Consolação, Perdizes e Butantã; estrangeiros também movimentam mercado

ERIN MIZUTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fim de ano, começo de outro, e todos querem botar em prática as mudanças planejadas. Muitos se preparam para entrar na universidade ou começar uma especialização. Esse agito de fim de ano contagia também o mercado de locação de imóveis.

O aquecimento do setor é positivo para quem tem imóvel para alugar, mas não para quem busca um para morar. Além da maior "concorrência", as margens de negociação são menores. No fim das contas, o consumidor pode ter que se sujeitar a pagar mais em relação a outros períodos do ano.

"O preço do aluguel depende da oferta e da demanda", diz Roseli Hernandes, da imobiliária Lello. "Não é apenas a sazonalidade que influencia o valor. A disponibilidade também é importante."

Ela afirma que, em um determinado bairro, se houver alta disponibilidade de apartamentos vagos, um aumento na procura poderá não mexer nos preços.

Segundo o economista e consultor do Secovi-SP (sindicato de habitação), Cícero Yagi, épocas aquecidas implicam não somente alta no valor de locação, mas um endurecimento nas transações.

"Não digo aumento, mas a margem de negociação tende a ser menor", observa. Além disso, Yagi destaca a possibilidade de o interessado ter de disputar um imóvel com outras pessoas. "Às vezes, tem fila para alugar um apartamento, vira um leilão", diz.

PRESSÃO

O publicitário Guilherme Borducchi, 27, e sua mulher Mariana Prado Miranda, 26, demoraram três meses para encontrar o lugar ideal -com bom acesso a transporte e próximo ao trabalho. Vinte imóveis considerados, dez visitas e duas propostas depois, eles conseguiram alugar um apartamento próximo ao metrô Paraíso.

"A corretora trouxe outra pessoa para ver o imóvel com a gente", conta Borducchi. "Ela ficou esperando enquanto olhávamos. A pressão é real. Se você não fechar, tem gente na fila para ficar com o apartamento."

INVASÃO UNIVERSITÁRIA

Nas regiões próximas às universidades, o mercado fica aquecido entre novembro e fevereiro, devido, sobretudo, à busca de estudantes. Distritos do centro, Consolação, Perdizes e Butantã têm forte disputa.

Segundo profissionais do setor, também há um pico de buscas em julho, quando um novo semestre se inicia para os universitários e cursos de inverno ocorrem.

A família do engenheiro Diego Sarzosa Burgos, 30, procura há mais de dois meses uma nova casa perto da USP (Universidade de São Paulo), onde ele trabalha como pesquisador.

"Quanto mais próximo da USP, maior o preço. Um fator que influencia os valores é a pouca oferta de imóveis na região", avalia Burgos. "As opções não estão justas", diz sua mulher, a jornalista Tatiane Almeida, em relação à alta de preços.

O diretor do Secovi-SP, Mark Turnbull, vê uma "adequação dos preços à realidade do mercado", com reajustes pouco acima da inflação oficial.

Para Sueli Pacheco, diretora da imobiliária Pacheco, é preciso negociar sempre. "Faça uma contraproposta. Há o risco de ela não ser aceita, mas, acredite, não há escassez de imóveis", afirma.


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