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Quero inaugurar 3 shoppings por ano, diz empresário
DO RIOO mineiro Elias Tergilene, 42, pretende inaugurar até o final do ano o primeiro shopping center dentro de uma favela carioca.
Vai investir R$ 20 milhões em um galpão abandonado no Complexo do Alemão, em vias de ser desapropriado pelo poder executivo estadual, que apoia o projeto.
O centro de compras deverá funcionar 24 horas.
Com a experiência adquirida na "Uai", rede de shoppings populares que criou em Minas Gerais, Tergilene planeja conciliar franquias de grandes redes a empreendimentos de moradores da região no mix de 500 lojas que planeja implantar no seu novo empreendimento.
Em sociedade com Celso Athayde, ex-presidente da ONG Cufa (Central Única das Favelas), o empresário mineiro também fundou a Favela Holding, grupo de empresas voltado para novos investimentos em comunidades de baixa renda.
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Folha - Como surgiu o projeto do shopping center no Complexo do Alemão?
Elias Tergilene - Há pouco mais de seis meses, eu conheci o Celso, que me levou ao Alemão e a outras favelas não pacificadas. Passei um dia inteiro circulando de mototáxi. E percebi que seria uma grande oportunidade para todos.
Qual será o espaço reservado no shopping aos microempresários locais?
Quero reservar 60% das lojas para negócios de comerciantes das favelas. Será um equipamento totalmente diferente do convencional. A praça de alimentação, por exemplo, vai ter um grande palco para roda de samba e baile funk. O shopping vai rodar 24 horas, porque favela precisa de lazer e cultura.
Você planeja investir em outros shoppings?
O objetivo é começar pelo Alemão em 2013 e, a partir daí, inaugurar três shoppings por ano nas favelas do Rio. Provavelmente, o segundo vai ser em uma comunidade sem UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Percebi que é possível investir também nas favelas não pacificadas.
