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Pequeno investidor do BVA fica sem receber

Cerca de 2.000 aplicadores que compraram CDB pelas corretoras não foram indenizados por falha no registro

Fundo Garantidor afirma que problema será resolvido e que pagamento começará a ser feito em abril

MARIANA CARNEIRO TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

Cerca de 2.000 pequenos investidores com aplicações em títulos emitidos pelo Banco BVA por meio de corretoras não conseguiram receber as indenizações a que têm direito do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

O BVA está sob intervenção do Banco Central desde outubro e pode ser liquidado a qualquer momento.

O motivo é que essas corretoras não registraram aplicações -CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário)- em nome dos clientes.

O BC só obriga as corretoras a registrar o nome do comprador final na Cetip, espécie de cartório de títulos privados, no caso de investimentos em papéis que totalizem valor acima R$ 1 milhão.

Aplicações entre R$ 50 mil e R$ 1 milhão devem ser registradas, mas não é necessário informar o nome do investidor. Abaixo de R$ 50 mil, não é exigido nenhum registro.

"Para que o FGC faça o pagamento, é necessário que o interventor nos passe a relação dos clientes com direito à cobertura. Como os papéis foram comercializados por meio de corretoras e não estavam na Cetip, o interventor não tinha essa informação", afirma Celso Antunes, diretor do FGC.

O Fundo Garantidor já pagou R$ 1,2 bilhão aos investidores do Banco BVA.

Se cada um desses 2.000 investidores que estão sem receber tiver direito a R$ 70 mil -limite que o FGC restitui por CPF-, o total da indenização pode chegar a R$ 140 milhões.

De acordo com Carlos Ratto, diretor-executivo da Cetip, com a demanda crescente de investidores pessoas físicas por títulos de bancos pequenos e médios, a necessidade de identificação de aplicadores tende a crescer.

"Há corretoras nos pedindo para travar operações sem identificação", diz.

SOLUÇÃO

O caso não está perdido para investidores do BVA. O interventor pediu às corretoras que venderam esses títulos no mercado que reúnam documentação que comprove que os clientes fizeram a aplicação e validem no BVA.

A expectativa é que logo após o feriado esse trabalho seja concluído. Só depois o FGC mandará fazer o pagamento por meio do Bradesco.

"O pagamento deve começar entre os dias 10 e 15 de abril. Nosso interesse é pagar o mais rápido possível, porém dependemos de informações seguras", diz Antunes.


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