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País perde 133 mil domésticos em 12 meses

Só em fevereiro, 25 mil deixaram a profissão, a maior parte deles no Estado de São Paulo; renda subiu 1,5% no mês

Taxa de desemprego no Brasil foi a 5,6%, menor indicador para o mês desde 2003; renda média foi recorde histórico

VENCESLAU BORLINA FILHO DO RIO

Os lares brasileiros perderam 133 mil trabalhadores domésticos nos últimos 12 meses, segundo a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Só em fevereiro foram menos 25 mil trabalhadores. A maior parte deles (17 mil) saiu de empregos em São Paulo. Atualmente, os trabalhadores domésticos são 6% da população ocupada, o que totaliza 1,389 milhão de pessoas.

Com a redução, a pressão sobre os salários desse tipo de profissional aumenta. De acordo com o IBGE, a categoria foi a que registrou o maior rendimento (7%) nos últimos 12 meses. Só em fevereiro, a valorização foi de 1,5%.

Apesar disso, o valor médio recebido em fevereiro (R$ 768,70) foi o menor oferecido entre as demais categorias: indústria, construção, comércio, serviços, educação, saúde e administração pública.

Segundo o coordenador da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, a redução dos trabalhadores domésticos não é reflexo da ampliação dos direitos à categoria garantida por meio da PEC (Proposta de Emenda à Constituição).

"É uma tendência que vem sendo registrada desde o ano passado, proporcionada pelo aumento da escolaridade e mais opções de emprego e renda melhor", disse.

Azeredo afirmou que o instituto ficará atento à novas alterações. "O que poderá ocorrer é que mais pessoas passarão a atuar como diaristas."

A PEC foi aprovada na terça-feira no Senado. Com ela, os trabalhadores domésticos -incluindo babás, caseiros, motoristas e cuidadores de idosos- terão o recebimento de 40% do saldo do FGTS em caso de demissão sem justa causa.

DESEMPREGO SOBE

A PME também apontou em fevereiro que a taxa de desemprego (5,6%) apresentou variação de 0,2 ponto percentual em relação a janeiro. É o menor indicador para o mês desde 2003. A renda média mensal foi recorde histórico, de R$ 1849,50.

Segundo especialistas consultados pela Folha, a taxa reflete o momento de expectativa vivido pelo setor produtivo em relação à retomada da atividade: não querem demitir e depois gastar mais para recontratar.

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