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Interação de carro com telefone é mais importante que luxo, diz Ford

Para executivo, tecnologias têm de ser uniformes entre montadoras

ROBERT WRIGHT DO “FINANCIAL TIMES”, EM NOVA YORK

Quando se trata de comprar carros, os consumidores americanos se preocupam menos com o tamanho e o preço e mais com a possibilidade de sincronizar seus celulares inteligentes aos sistemas do veículo, afirmou um importante executivo do setor.

Falando antes da abertura do salão do automóvel de Nova York, cujo foco costuma estar nos carros de luxo, Jim Farley, vice-presidente da Lincoln, a divisão de veículos de luxo da Ford, alertou as montadoras sobre as rápidas mudanças que a compra de carros vem sofrendo nos EUA e sobre o efeito que isso teria sobre o comportamento dos consumidores.

As montadoras podem enfrentar dificuldade para persuadir os compradores a mudar de marca devido à dificuldade de fazer com que os aparelhos móveis dos motoristas funcionem com as tecnologias adotadas por diferentes fabricantes, disse ele.

"E se um dia o consumidor decidir que não mudará de marca devido à dificuldade de transferir seus dados?", questionou Farley.

Além de destacar a mudança nas atitudes com relação aos aparelhos móveis, Farley afirmou que os consumidores talvez já não correlacionem o preço ou tamanho de um carro -no passado indicadores cruciais para os compradores de carros de luxo- à sua qualidade.

Os compradores esperam encontrar veículos de luxo com todos os requisitos por preços inferiores a US$ 60 mil, disse.

SEMELHANÇA

O ponto central de sua palestra era um alerta sobre a crescente importância da tecnologia móvel para os compradores de automóveis, além da necessidade de tornar mais semelhantes as tecnologias adotadas por diferentes montadoras, em lugar de elas criarem sistemas de informação concorrentes.

Farley fez suas declarações sobre o impacto potencial das diferenças de tecnologia depois que Doug Frisbie, diretor-geral de sistemas para automóveis do Facebook, comparou a abordagem atual das montadoras de automóveis à que os fabricantes de celulares adotaram quando os serviços de dados começaram a se desenvolver.

"Todos estão tentando criar sistemas exclusivos", disse Frisbie. E é preciso haver mais compatibilidade entre os fabricantes, acrescentou.

"As montadoras de automóveis nem sempre foram as vozes mais confiáveis com relação à tecnologia", disse.

"É por isso que é bom ter o Facebook e o Google dizendo coisas que talvez não sejam tão confiáveis quando sou eu que as digo."

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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