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Sem horários, sonho é intervalo durante o dia

DE BELÉM DO RIO

Maria Francisca de Jesus, 46, de Salvador (BA), não tem horário para sair do trabalho -nem aos domingos. A jornada pode chegar a 11 horas por dia.

Ela se diz satisfeita com o controle de horas que a nova lei garante. A patroa já prometeu anotar os horários em um caderno para calcular as horas extras. Recebe hoje salário mínimo (R$ 678), vale-transporte e INSS.

Aos domingos, já não ficará mais o dia todo. Pretende sair até o meio-dia.

No apartamento onde trabalha há nove anos, ela cozinha, lava roupas, limpa a casa e ajuda uma enfermeira a cuidar de uma idosa.

Tempo para descanso não havia. "Trabalho da hora que chego até ir embora."

Pela nova lei, terá direito ao intervalo pela primeira vez, desde que deixou o interior baiano, aos 17 anos.

NO ESCURO

Márcia Cristina da Silva não tem férias nem 13º. Contratada por meio de uma agência e há três anos no mesmo emprego, ainda não sabe o que virá quando a nova lei entrar em vigor.

Na agência ninguém explicou se passará a receber os novos direitos da lei, assunto dominante nas conversas entre domésticas em uma praça no Flamengo. Na maioria terceirizadas, todas desconfiavam da chance de receber os benefícios.

"Nem hora de almoço ela tem, são 15 minutos e olhe lá", comentava uma delas.

(AGUIRRE TALENTO e DENISE LUNA)


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