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Investimento marca novo ciclo no setor publicitário

Agências brasileiras devem passar por nova fase de consolidação

Aporte de R$ 170 mi da Kinea (Itaú) no Grupo ABC cria chance para abertura de capital, preveem publicitários

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

As agências de publicidade brasileiras devem passar por nova fase de consolidação e profissionalização de gestão. O prenúncio é o investimento de R$ 170 milhões da Kinea, gestora de investimentos do Itaú, no Grupo ABC, de Nizan Guanaes e Guga Valente, anunciado ontem.

"Temos uma das indústrias mais criativas do mundo. A entrada de fundos ajuda na governança e deve levar finalmente o setor ao mercado de capitais", diz o presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade), Luiz Lara, que é também publicitário e empresário.

Lara lembra que a primeira agência de publicidade norte-americana a lançar ações em bolsa foi a Ogilvy, em 1966. "Quase 50 anos depois e a gente ainda não chegou lá. Mas o investimento de um fundo como a Kinea é a prova de que essa indústria vai crescer e tem muito a evoluir em gestão e governança."

Segundo ele, o Brasil foi berço de grandes marcas de empresas que hoje estão na Bolsa e que têm, justamente nas marcas, um de seus maiores ativos.

O mercado publicitário movimentou R$ 44,9 bilhões no ano passado, quando registrou crescimento de 6%.

GRUPO ABC

A Kinea, que adquiriu 20% do Grupo ABC, tem como estratégia investir em empresas durante cinco anos para depois abrir o capital na Bolsa.

Guga Valente diz que associação com a Kinea traz conhecimento financeiro, governança e capital para acelerar os planos de expansão do grupo. "Vamos abrir o capital quando for o momento. Mas a abertura de capital não é um fim, é uma estratégia para continuarmos o nosso crescimento", afirma.

O grupo pretende fazer aquisições no Brasil fora do eixo Rio-São Paulo e, num segundo momento, também no exterior.

Nos últimos anos, o mercado publicitário brasileiro passou por uma forte consolidação. Praticamente todas as grandes agências foram compradas ou se associaram a grupos estrangeiros.

Mas, apesar da consolidação, ainda há oportunidades de investimentos para os fundos e para o próprio ABC, maior grupo de comunicação e publicidade do país e 18º do mundo, avalia Lara.

"Há muitas agências regionais e agências de outras disciplinas, como eventos, promoção etc.", afirma.

Para o presidente do Grupo Meio & Mensagem, José Carlos de Salles Gomes Neto, as agências devem se preparar para essa nova onda de interesse dos fundos. "As agências precisam ser bem geridas e também ter ambição, com projetos de desenvolvimento", diz ele.


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