Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Avicultura espera fim da queda de preços

O produtor de frango já perdeu 18% nos preços da ave viva nos últimos 30 dias. A queda coloca em risco a rentabilidade no setor, uma vez que o custo de produção é de R$ 2 a R$ 2,10 por quilo, ante o valor de venda de R$ 2,30.

Os custos dependem da localização da granja em relação às fontes de fornecimento de insumos, principalmente do milho. Esse cereal, após uma forte pressão no segundo semestre de 2012, começa a recuar de preços.

Os produtores de frango estão atentos às negociações do início da próxima semana, quando esperam uma retomada de alta nos preços.

Heloísa Xavier, da Jox Assessoria Agropecuária, não descarta essa possibilidade. A contínua queda de preços nas últimas semanas se deve à elevada oferta de ave viva no mercado e ao volume dos estoques de carne nos frigoríficos, diz ela.

Os caminhos desse setor ainda não estão bem definidos, mas se a demanda voltar a crescer neste final de semana, devido ao pagamento de salário, os preços reagem.

A reativação do consumo eliminaria os estoques excedentes, normalizando a situação de oferta e de demanda, segundo Heloísa.

Há boas notícias para o produtor também do mercado externo. Ricardo Santin, diretor de mercados da Ubabef (Associação Brasileira de Avicultura) diz que o primeiro trimestre, quando houve queda de 7,5% no volume exportado, foi atípico.

Santin tem agora uma avaliação positiva dos mercados interno e externo, após o setor ter vivido sob as pressões da crise financeira e da escalada de preços das matérias-primas. Demanda fraca e custos elevados foram um ônus muito grande para as empresas, que ainda não se recuperaram, segundo ele.

Os preços externos já começam a melhorar. Prova disso é que, apesar da redução das exportações em volume, o Brasil teve elevação de 2% nas receitas no trimestre.

Uma coisa é certa, adverte Santin: não haverá grande expansão de volume exportado neste ano. A evolução deverá ficar perto de 3%.

Espera-se, no entanto, uma melhora no valor agregado da carne exportada. Não adianta aumentar o volume comercializado se os preços recebidos ficam próximos aos de custo. O setor tem de ter rentabilidade, diz ele.

Mais... as exportações de café atingiram 2,5 milhões de sacas no mês passado, 11% mais do que em igual período de 2012.

...por menos As receitas com as exportações, no entanto, recuaram 18%, para US$ 466 milhões. Os dados são do Cecafé.

Em crise Os peruanos também não vivem uma situação confortável quando se trata de café.

Os problemas Além da queda internacional de preços, os produtores peruanos têm boa parte das lavouras afetadas pela ferrugem. O prejuízo pode beirar US$ 800 milhões na safra.

Não tão ruim Os argentinos refazem as contas e ainda acreditam que a safra de grãos do país possa superar 100 milhões de toneladas. Essa hipótese estava descartada depois dos problemas climáticos na região.

O pior A maior quebra ficou mesmo com o trigo, cuja produção atingiu apenas 9 milhões de toneladas.

Efeito safra O início de colheita de cana ainda influencia pouco os preços do álcool, mostra o Cepea.

Queda O etanol anidro caiu para R$ 1,335 por litro nas usinas nesta semana, um recuo de 0,13%. O hidratado foi a R$ 1,214, alta de 0,93%.

No posto O hidratado recuou nos postos de São Paulo, onde caiu 0,55% na semana (R$ 1,987 por litro), segundo pesquisa da Folha.

DE OLHO NO PREÇO

Nova York
Açúcar
(cent.de US$)* 17,65

Algodão
(cent.de US$)* 86,79
*por libra-peso

Chicago
Milho
(US$ por bushel) 6,29

Soja
(US$ por bushel) 13,62


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página