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Cantina tradicional de SP faz boicote ao tomate, e movimento cai

MAGÊ FLORES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O boicote ao tomate feito na tradicional cantina Nello's, em Pinheiros (SP), levou à queda no movimento do restaurante, segundo o proprietário Augusto Mello.

Na terça-feira passada, ele divulgou no Facebook que tinha parado de comprar tomate por causa da alta no preço do produto.

A caixa de 20 quilos, pela qual ele costumava pagar entre R$ 30 e R$ 50, chegou a R$ 150. Mais de mil pessoas "curtiram" o informativo na página do restaurante, mas o impacto negativo foi visto no salão.

"Hoje [anteontem], há mesas vazias quando o normal seria ter espera na porta. As pessoas apoiam a decisão na internet, mas, quando decidem onde vão comer, pensam 'não vamos ao Nello's porque eles estão sem tomate'."

Por outro lado, a curiosidade de uma cantina sem tomates levou à casa novos clientes. "Se eles estão cortando esse item da cozinha italiana, só pode ser algo relevante. O restaurante pode perder clientes, mas vai conquistar outros", diz Vinícius Cavinato, que foi ao Nello's conferir a mudança no cardápio.

Entre os clientes que estiveram no restaurante anteontem, a maioria aprovou a decisão. Na mesa do advogado Carlos Franco e três colegas, ninguém pediu prato com tomate. "A gente vem sempre aqui e agora gosta ainda mais. Precisamos de mais iniciativas como essa", afirmou.

No salão, ainda se via o ingrediente no prato. A publicitária Roberta Bruzadin optou pelo espaguete ao sugo.

"Eu já cortei o tomate em casa e não deixaria de pedir esse molho em um restaurante", afirma.

O proprietário do Nello's continua cotando caixas de tomate. Depois de uma semana de boicote, o preço baixou para R$ 80.

"Eu durmo e acordo pensando em comprar tomate. Eu quero poder me abastecer, mas preciso manter a minha posição e mostrar que a cozinha italiana também tem outros ingredientes", diz Mello.

OUTRAS CANTINAS

O restaurante Friccó, na Vila Mariana, tem metade do cardápio rotativo. Há três semanas, nenhum dos novos pratos leva o produto.

Os proprietários de outras tradicionais cantinas de São Paulo, como Roperto, Pasquale e Carlini, decidiram não deixar de comprar o produto e mantiveram os preços do cardápio.


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