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Ações da OGX inspiram cautela aos investidores

Em dois dias, papéis recuaram 23% e encerraram a semana valendo R$ 1,71; no ano, queda já chega a 61%

Petrolífera do grupo de Eike Batista foi rebaixada pela agência de classificação de risco Standard & Poor's

DE SÃO PAULO

Alvo de forte especulação, as ações da petrolífera OGX, do grupo do empresário Eike Batista, tornaram-se um "jogo perigoso" até para profissionais. Em dois dias, recuaram 23% e fecharam a semana passada valendo R$ 1,71.

No ano, os papéis já perderam 61% de seu valor e ficam cada vez mais perto das projeções do Bank of America Merrill Lynch, considerada inicialmente pessimista, de um preço-alvo de R$ 1.

"Quem tem esse papel gosta de risco e deve repensar se vai sair agora e amargar prejuízo ou se vai ajoelhar no milho esperando uma recuperação que pode demorar muito ou não vir", diz Pedro Galdi, chefe de análise da SLW.

Fundos brasileiros e estrangeiros passaram a alugar a ação, vendê-la e esperar o preço cair. Depois, compram por um valor menor, devolvem o papel, pagam o aluguel e embolsam um bom lucro.

Na avaliação da corretora Ativa, os papéis da OGX podem cair ainda mais após o rebaixamento da agência de classificação de risco Standard & Poor's. Isso porque a empresa pagará mais caro para captar no mercado.

"O rebaixamento do rating de crédito reflete as preocupações com a capacidade de a OGX financiar seus investimentos ao longo dos próximos anos", afirma Ricardo Correia, da Ativa.

"Todo investidor idealiza um limite de risco que pode correr em cada papel. E eu imagino que, para grande parte dos acionistas da OGX, esse limite deve ter sido ultrapassado", diz Oswaldo Telles, da BES Securities.

Segundo Henrique Florentino, da equipe de análise da Um Investimentos, a posição financeira da OGX não é confortável e a empresa ainda tem grandes necessidades de investimentos. "Desde o início da produção, a empresa não cumpre o que anunciou inicialmente e frustra as expectativas", afirmou.

Como o problema é de credibilidade de todo o grupo, o que aconteceu com as ações da OGX -que recuaram 26% na semana- se repetiu em menor intensidade com a MMX (-13,1%), a LLX (-2,9%) e a CCX (-2,3%).


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