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Apesar de alta na renda, carioca reclama de salários

Profissionais no Rio também se queixam de falta de plano de carreira, mostra pesquisa

MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Apesar do aumento no rendimento acima da média de outras cidades, os trabalhadores do Rio têm como principal reclamação os baixos salários e a falta de plano de carreira estruturado.

Outras insatisfações dos profissionais cariocas são falta de treinamento e benefícios inadequados, mostra estudo da empresa de recrutamento Page Personnel. O levantamento foi feito em janeiro com trabalhadores com renda mensal de até R$ 8.000.

"Os profissionais estão investindo no aperfeiçoamento. É natural que busquem reconhecimento financeiro", afirma Luis Fernando Martins, gerente-executivo da Page Personnel.

Segundo o especialista, um dos pontos de insatisfação é que as empresas mantêm estruturas menores na comparação com São Paulo -apesar de a cidade receber cada vez mais novas empresas.

"As grandes companhias têm em São Paulo uma concentração muito maior de vagas de diretoria e gerência. No Rio, há mais oportunidades operacionais", afirma.

No entanto, a distância entre as cidades no que diz respeito ao rendimento é cada vez menor, de acordo com Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em fevereiro de 2008, o rendimento médio real da capital fluminense era de R$ 721, enquanto o de São Paulo ficava em R$ 884,7, uma diferença de R$ 163,7. Em fevereiro de 2013, caiu para R$ 35.

"O Rio é quem tem mais se aproximado do rendimento de São Paulo", diz Azeredo. Entre 2003 e 2012, o rendimento médio no município cresceu 35%, enquanto a alta da média das seis regiões metropolitanas pesquisadas foi de 27%.

OTIMISMO

Além disso, a pesquisa mostra que os executivos estão otimistas em relação ao número de oportunidades. Para 84%, o cenário para procurar um emprego é positivo.

"Muitas novas empresas estão chegando no Rio por causa das perspectivas econômicas", diz Martins.

Como resultado, há um movimento de cariocas voltando à cidade, assim como existe um grande número de profissionais de outros Estados interessados nas oportunidades que estão surgindo.

A publicitária capixaba Magda Caliari, 30, mudou para a capital fluminense no final do ano passado. Após estabelecer um prazo de seis meses para conseguir a colocação, encontrou um emprego em menos de 30 dias. "Achava que ia demorar para conseguir uma vaga, mas há muitas oportunidades."

Magda conta que ouvia muito que o mercado de trabalho do Rio estava aquecido. "Quando cheguei vi que isso está realmente acontecendo. A dinâmica aqui é mais rápida."


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