Folha de S.Paulo

Bússola

Quero investir uma parcela maior de recursos em ações. Devo me arriscar?

T.F., de São Paulo (SP)

RESPOSTA DO CONSULTOR DE FINANÇAS MAURO CALIL, DA CALIL&CALIL - A leitora informou que ela e o marido têm uma carteira de investimentos composta por R$ 54 mil alocados em CDB (Certificado de Depósito Bancário), R$ 5.000 aplicados em um fundo de ações e outros R$ 1.000 investidos em títulos do Tesouro Nacional. Ela acrescenta, ainda, que seu marido tem um perfil de investimento conservador.
Quanto à sua dúvida, é preciso saber que a renda variável não é composta somente por ações. Hoje, dentre as opções de aplicação em renda variável, há muitas outras alternativas, por exemplo, os fundos de investimentos imobiliários, em que um grupo de investidores aloca recursos para aplicação no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários ou mesmo em imóveis já prontos.
E mesmo dentre os inúmeros fundos de investimentos imobiliários disponíveis, há categorias diferentes.
Buscando essas e outras alternativas, você conseguirá aumentar a exposição de sua carteira de investimentos em renda variável e alcançar uma maior rentabilidade. Mas, para isso, você deve contar com a orientação de um profissional, como a oferecida pelas corretoras de valores.
Bem orientada, as possibilidades de conseguir uma boa rentabilidade aumentarão ainda mais.
Além disso, para definir a composição de sua carteira de investimentos, é preciso que responda a três perguntas básicas: primeiro, quanto dinheiro disponível tenho para investir?; segundo, qual é o prazo de que disponho para fazer esse investimento?; e terceiro, qual é a finalidade do meu investimento?.
Com essas três informações, e conhecendo os tipos de investimento disponíveis no mercado, a possibilidade de alcançar o sucesso em suas aplicações será infinitamente maior.

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IMÓVEIS

Como são corrigidos o saldo devedor e as parcelas no financiamento imobiliário?
C.M., DE CAMPINAS

Há duas modalidades de amortização para o financiamento imobiliário: o SAC (Sistema de Amortização Constante) e a tabela Price.
Pelo SAC, mensalmente é amortizado um percentual fixo da dívida, assim, as mensalidades decrescem até o pagamento total. Por esse sistema, as parcelas são corrigidas mensalmente pela TR.
Já pela tabela Price, as parcelas aumentam mês a mês, porém, no momento da contratação, o comprador sabe o valor das prestações. Nesse caso, a TR pode fazer parte da indexação caso isso conste no contrato.
Apenas para esclarecimento, o Custo Efetivo Total inclui não só o valor do imóvel financiado, mas também juros, tarifas, seguros, como de morte e de invalidez permanente e despesas de operação, entre outras. Ou seja, essa taxa engloba todos os custos da operação de crédito.

RETORNO

Tenho um CDB com remuneração de 87,5% do DI. Esse é um bom retorno?
L.T., DE LONDRINA (PR)

Uma remuneração de 87,5% do DI não é um bom retorno. Há aplicações mais rentáveis. Considerando que o DI está em torno de 7% ao ano, 87,5% significa um rendimento bruto de 6,125% ao ano. Ao descontar o Imposto de Renda, a rentabilidade fica em torno de 5,05% ao ano.
Ainda sobre esse percentual, é preciso descontar a inflação. Supondo que ela atinja o teto da meta de 6,5% ao ano, a rentabilidade desse CDB ficará negativa em 1,45% ao ano, ou seja, você não ganhou absolutamente nada e perdeu dinheiro.
Busque investimentos que paguem mais do que 90% do CDI (há, inclusive, CDBs que pagam acima de 100%) ou que são isentos de IR, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). Depois da renda fixa, busque também maximizar seus ganhos com investimentos em renda variável, sempre no longo prazo.

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EU INVISTO EM

Cecília Prado, estilista

"Gosto de diversificar; não coloco todos os ovos em uma cesta só. Priorizo aplicações em imóveis, mas não deixo de lado as ações de empresas já consagradas do Ibovespa"