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Não há mais meio-termo na moda, há roupa boa ou ruim, afirmam Dolce & Gabbana
PEDRO DINIZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHADomenico Dolce e Stefano Gabbana descobriram na marra que o consumo de moda não é mais o mesmo de quando fundaram, nos anos 1980, a grife que leva seus sobrenomes.
"Percebemos que ou as pessoas compram roupas de baixa qualidade, como as da Zara, ou de alta, como as da Chanel. Não há mais meio-termo, assim como não há mais classe média", disse Gabbana em entrevista à Folha.
Os estilistas italianos inauguraram, ontem, no shopping JK (SP), a primeira loja própria da Dolce & Gabbana da América Latina, na qual são vendidas as linhas de pret-à-porter e de acessórios.
A estratégia faz parte do novo posicionamento da grife, que pegou de supresa a indústria fashion ao anunciar, em 2011, o fim das operações da etiqueta D&G -linha jovem e com itens mais baratos que os da marca mãe.
"Uma grife que se propõe a inovar e deixar sua marca na história não pode ter mais de uma linha", diz Gabbana.
Em março, a Dolce & Gabbana deu outro passo importante nesse processo, quando desfilou sua primeira coleção de alta-costura. "Somos uma marca de itens exclusivos e criativos", afirma Dolce.
Segundo ele, o Brasil foi o primeiro país latino-americano a receber uma loja própria devido à semelhança do estilo brasileiro com o italiano.
"Somos muito passionais e gostamos de transmitir isso na roupa que vestimos."
Ele se refere aos ternos justíssimos adorados pelos jogadores de futebol dos times europeus e aos decotes e às fendas queridas de celebridades como a atriz italiana Monica Bellucci e a cantora Madonna.
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