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Ásia lidera emergência global da classe média

Estudo afirma que o crescimento ocorreu em cerca de 70% dos países

No leste asiático, fatia de trabalhadores na faixa mediana saltou de 3,1% para 45,4% entre os anos 1991 e 2011

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

A ascensão da classe média nas últimas décadas não foi um fenômeno exclusivo do Brasil. O movimento foi verificado em todo o mundo emergente e liderado, principalmente, pela Ásia.

Essa tendência é considerada possível tábua de salvação para a economia global.

Mas existe preocupação sobre possíveis riscos de reversão, já que muitos dos novos consumidores permanecem próximos da pobreza.

"Se definirmos a classe média como pessoas que passaram para cima da linha da pobreza e se transformaram em consumidores, esse fenômeno de expansão tem sido, de fato, global", diz Otaviano Canuto, vice-presidente do Banco Mundial.

"Mas essa passagem não é necessariamente permanente", ressalta o economista.

Estimativas recentes de pesquisadores da Organização Mundial do Trabalho (OIT) indicam que o percentual de trabalhadores pertencentes à classe média nos países em desenvolvimento mais do que dobrou entre 1991 e 2011, passando de 12,7% para 30,5% do total.

O maior salto verificado foi no leste asiático, onde a fatia saltou de 3,1% para 45,4%.

Na América Latina, segundo a OIT, os trabalhadores pertencentes à classe média já representavam 45,1% do total em 1991 e chegaram a 48,4% em 2011.

Os dados são parte de outro estudo que ainda será publicado e divide os trabalhadores dos países em desenvolvimento em cinco classes (ver gráfico nesta página).

Os pesquisadores da OIT consideram que trabalhadores da classe média são os que têm renda familiar entre US$ 4 e US$ 13 por dia (medidos em paridade do poder de compra, que elimina diferenças de preços entre países).

ÁSIA NA LIDERANÇA

Estudo do economista Martin Ravallion, professor da Universidade de Georgetown, afirma que a expansão da classe média ocorreu em cerca de 70% dos países. O trabalho, feito para o Banco Mundial em 2009, ressalta que os chineses representam metade do 1,2 bilhão de pessoas que ascenderam à classe média entre 1990 e 2005.

A capacidade de consumir bens além da cesta básica tem sido muito utilizada em definições sobre classe média. Mas não é possível comparar o padrão de vida da classe média emergente nos países em desenvolvimento com o das nações ricas:

"A classe média do mundo em desenvolvimento é definida como os que não são considerados pobres pelos padrões dos países em desenvolvimento, mas ainda são pobres pelos padrões dos ricos", escreveu Ravallion.


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