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Como escolher a melhor renda fixa com a alta do juro

Especialistas recomendam que investidor troque títulos prefixados, como LTNs, por pós-fixados, como NTN-Bs

Prazos dos papéis também devem ser considerados, assim como custos das aplicações e impostos

ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para aproveitar o cenário de alta do juro básico (taxa Selic) --que subiu, na semana passada, para 7,50% ao ano-- ao escolher um investimento em renda fixa, é preciso pesquisar.

Se a escolha for por títulos do governo, considerados de baixo risco, a recomendação de especialistas ouvidos pela Folha é trocar papéis prefixados por pós-fixados.

Os títulos prefixados, como as LTNs (Letras do Tesouro Nacional), têm uma rentabilidade predeterminada. Ou seja, quem aplica já sabe quanto receberá no vencimento do contrato.

Já nos títulos pós-fixados, como as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional da Série B), a remuneração não é definida de antemão.

As NTN-Bs são papéis remunerados pelo IPCA (índice oficial de inflação) mais uma taxa, chamada de cupom de juros. E, quando os juros sobem, o preço de revenda dos títulos cai, o que diminui a rentabilidade tanto dos papéis quanto dos fundos que aplicam neles.

Em 2012, os chamados fundos de índices, que investem essencialmente em títulos NTN-B, tiveram ganho de 21,7% com a Selic em seu menor patamar histórico, de 7,25% ao ano. Neste ano, até, agora, esses fundos registram perda de 0,92%.

"Há, porém, uma percepção de que o ciclo de aumento na Selic será menor do que o necessário para conter a inflação. Dessa forma, as NTN-Bs ainda podem recuperar o fôlego até o fim do ano", diz Marianna Costa, economista da UBS Corretora.

Para Luiz Monteiro, especialista em renda fixa da gestora Queluz, as LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) também são uma boa opção de títulos pós-fixados.

O rendimento é atrelado a indicadores econômicos, como a própria Selic. Portanto, se o índice sobe ou cai, os papéis seguem essa variação na remuneração ao investidor.

"O tamanho do ciclo de aperto monetário não importa nesse caso, mas, sim, o fato de que se iniciou um período de juro básico maior."

Monteiro também destaca a importância de avaliar o prazo dos títulos.

"Quanto mais distante for o vencimento do papel, mais ele terá impacto em caso de alta dos juros", diz.

Além disso, no caso de fundos de investimento, é preciso computar as taxas cobradas pelos gestores, como de administração, performance e de entradas e saídas.


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