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'Pergunte ao BC', diz Mantega sobre quando inflação cairá

Ministro afirma que, sem problemas climáticos, preços cederão, mas só o banco pode dizer em que momento

CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a inflação voltará a cair, mas só o Banco Central pode dizer a partir de quando.

A declaração foi dada após encontro com empresários de São Paulo, na sede da Fiesp (federação das indústrias), ao ser questionado pela Folha sobre a afirmação do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, de que o Brasil tem uma "inflação de base" persistente "entre 5% e 6%" --acima da meta do BC (4,5%).

Nos últimos 12 meses encerrados em março, a inflação pelo IPCA foi de 6,59%.

"Neste ano não está previsto seca, nem nos EUA nem no Brasil. O preço das commodities já está caindo. O preço dos alimentos no atacado já está caindo. Estamos com inflação descendente no país", afirmou Mantega, ao atribuir o aumento de preços nos alimentos a problemas climáticos enfrentados.

Ao ser questionado a partir de quando a inflação deve cair, foi categórico: "Tem de perguntar para o BC".

"A inflação vai cair no Brasil. No passado, tivemos problemas principalmente com commodities. (...) E nós tivemos mudança cambial no ano passado que criou inflação momentânea naquele ano. Portanto, temos condições perfeitas para reduzir a inflação no país", afirmou.

JUROS

O ministro disse que o juro real no Brasil "é um dos mais baixos" dos últimos tempos.

"Deve ser hoje em torno de 1,5%, mas já foi mais de 10%."

Ele destacou ainda que oscilações de curto prazo "sempre haverá".

"Estou falando de juro para investimento para o longo prazo. É um juro muito favorável para reduzir o custo financeiro e para estimular investimentos."

Sem detalhar resultados, ressaltou que o PIB do primeiro trimestre deve ser maior que o do anterior. "O BC falou em crescimento de 1% no primeiro trimestre. Não temos todos os dados ainda. O que interessa é que está havendo aceleração do crescimento."

Sobre as queixas ouvidas dos empresários, que apontaram dificuldade de exportar em algumas empresas e concorrência dos importados em outras, Mantega disse que as medidas adotadas pelo governo, como a desoneração da folha, tem um "tempo de maturação". "A principal queixa é custo. Algumas medidas demoram algum tempo para surtir efeito."

O fechamento de vagas na indústria, apontado pelo IBGE, não preocupa. "Os empresários se queixaram de falta de mão de obra, não há problema de desemprego."


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