Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Freio na China afeta pouco produção agrícola

As mudanças nas diretrizes econômicas da China podem ter um efeito menor do que o previsto sobre as commodities agrícolas.

Com crescimento anual recente de até 14% ao ano --em 2007--, as expectativas são de desaceleração.

O Fundo Monetário Internacional prevê 8,5% de expansão neste ano, mas dentro do próprio governo chinês já se admitem taxas menores.

Para a mineração, se confirmada essa redução de taxa, poderá haver perda de ritmo nas exportações. Um novo estágio de desenvolvimento dos chineses, no entanto, contemplaria uma maior distribuição de renda interna.

Ou seja, o patamar de consumo alimentar adquirido no país nos últimos anos não seria afetado. Ao olhar para dentro do país, os chineses estariam sustentado o consumo familiar.

O ritmo atual já é o suficiente para a manutenção da produção atual de alimentos. Qualquer avanço, por mínimo que seja, já estaria exigindo uma produção agrícola mundial bem maior.

Atualmente os chineses são muito dependentes em soja, produto que abdicaram de produzir para elevar a produção de milho.

Mesmo a produção desse cereal --que há dez anos era de apenas 100 milhões de toneladas e, no ano passado, superou 200 milhões-- será insuficiente, dado o ritmo de necessidade de proteínas no país.

A formação de conglomerados no setor de produção de animais, de ração e de varejo de carnes faz crescer rapidamente a necessidade de utilização grãos.

Com isso, a produção brasileira terá lugar garantido na China. O grande filé para os brasileiros hoje é a soja, mas em breve o país poderá elevar, também, as vendas de milho. Com crescimento constante da demanda por milho, os chineses já têm as áreas destinadas a grãos ocupadas. Resta a eles buscar evolução na produtividade, que tem limites para crescer.

Essa inserção maior do consumidor chinês no mercado interno deles vai abrir, aliás, áreas de exportação para o Brasil hoje incipientes, como é o caso das carnes.

Mas o Brasil terá de reduzir custos. Com ritmo menor da economia, os chineses vão buscar redução de preços dos agrícolas de todas as formas, onde atuam muito bem.

Nova unidade A Adecoagro inaugura hoje a sua segunda usina em MS, localizada em Ivinhema. Com capacidade de moagem de 6 milhões de toneladas de cana, a usina teve investimento próprio de R$ 1,2 bilhão e financiamento de R$ 680 milhões do BNDES e do FCO/BB.

Investidor de peso O grupo, que tem como maior investidor privado George Soros, já tem outra usina no Estado. Localizada em Angélica, tem capacidade para processar 4 milhões de toneladas. A área agrícola do grupo em MS é de 80 mil hectares, podendo chegar a 130 mil.

Alimentação Os produtos agrícolas começam a trazer a taxa de inflação mais para baixo. A mais recente taxa quadrissemanal (últimos 30 dias) divulgada pela Fipe para o setor é a menor do ano.

Destaque Um produto destoa nesse cenário. É o trigo, que mantém alta constante no ano. Após acumular evolução de 5% até março, o item panificados deve fechar o quadrimestre acima de 7%.

Produção A redução de safras no país e a consequente necessidade de importações colocam o preço do trigo no mercado interno acima do da média dos últimos anos.

Atraso O plantio paranaense, cuja área deverá atingir 855 mil hectares, está atrasado, segundo o Deral (Departamento de Economia Rural). Um dos pontos de alívio é que deverá haver uma produção externa maior.

DE OLHO NO PREÇO

Cotações

Mercado interno

Trigo

(R$ por saca)38,75

Arroz

(R$ por saca)30,61

Londres

Cobre

(US$ por tonelada)7.035

Chumbo

(US$ por tonelada)2.041


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página