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Juro menor e calotes afetam Santander

Lucro cai 30% no 1º trimestre, sob impacto de taxas menores e do aumento das provisões contra inadimplência

Executivo que anunciou sua saída nega rumores de venda e diz que país responde por 26% do desempenho do banco

DE SÃO PAULO

Terceiro maior banco privado no país, o Santander lucrou R$ 609 milhões no primeiro trimestre, resultado 29,6% menor do que no mesmo período de 2012.

O lucro foi afetado pelo estreitamento dos ganhos com os empréstimos devido aos juros menores, além da redução no apetite por financiamentos, da inadimplência alta e do consequente aumento das provisões para calotes.

Apesar de ter expandido em 6,2% o volume de empréstimos na comparação com março de 2012 (ritmo menor do que os 9% dos demais bancos privados), os ganhos do Santander com os financiamentos recuaram 5,2% e somaram R$ 7,658 bilhões.

As provisões para cobrir calotes subiram 9,1% e atingiram R$ 3,371 bilhões nessa comparação, refletindo o aumento na inadimplência de 4,8% para 5,8% na comparação de março de 2012 com março deste ano.

"Estamos em um período de transição na indústria financeira. Vamos chegar ao final de 2014 com mudança no mix de crédito, alongamento maior dos prazos e "spreads" [diferença entre a taxa que o banco paga e empresta] menores", disse Marcial Portela, presidente do Santander no Brasil.

O banco prefere consolidar seu resultado pelo padrão internacional, que eleva o lucro para R$ 1,5 bilhão --14,4% menos do que em 2012.

A diferença se deve à contabilização do impacto do ágio (houve despesa de R$ 909 milhões) pago na compra do Banco Real, em 2007.

No mundo, o Santander lucrou € 1,205 bilhão, valor 25,9% menor do que no primeiro trimestre de 2012, mas já o melhor trimestre desde o início do ano passado.

RUMORES

O Brasil é a unidade que mais traz resultados ao grupo espanhol, respondendo por 26% do desempenho do banco no mundo, enquanto a Espanha colabora com 12%.

"O grupo hoje é mais latino-americano do que europeu. Tem dois terços do lucro na região. Essa é a principal resposta [para os rumores de venda ao Banco no Brasil]."

O executivo, que anteontem renunciou ao posto de presidente, aproveitou o encontro com a imprensa para negar os rumores de venda ou associação com outra instituição financeira brasileira.

"Nos três anos em que estive aqui, afirmo que nunca houve essas negociações. Houve, sim, de compra de instituições em dificuldades. Dado o nível de concentração do setor, qualquer negócio envolvendo os três maiores bancos privados não seria aprovado pelo Cade", disse. (TONI SCIARRETTA)


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