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Número de reclamações contra elétricas bate recorde na Aneel

Queixas em 2012 crescem 11,8% em relação a 2011; reclamações contra falta de luz dobram

País teve 325 grandes cortes no fornecimento de energia ano passado; quatro deles afetaram mais de uma região

AGNALDO BRITO DE SÃO PAULO RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) recebeu 84.720 reclamações de consumidores em 2012, segundo o novo relatório da Ouvidoria do órgão. O número representa aumento de 11,8% sobre 2011 e é o maior registrado desde 2005, quando o relatório passou a ser publicado.

As duas principais queixas dos consumidores se referiram aos erros de leitura do consumo mensal e a interrupção no fornecimento de energia. As reclamações em relação à falta de luz dobraram de 2011 para 2012, aponta o relatório.

Nesse ano, houve 325 grandes desligamentos, segundo relatório do Departamento de Monitoramento do Sistema Elétrico, do Ministério de Minas e Energia. A quantidade é inferior à registrada em 2011 (362), mas a dimensão dos apagões foi maior.

Em setembro de 2011, um apagão afetou mais de uma região. Em 2012, quatro desligamentos alcançaram mais de uma região ao mesmo tempo. Somadas, essas interrupções consideradas relevantes pelo governo significaram o desligamento de 65,7 mil MW (é como se o país inteiro ficasse sem luz durante um dia inteiro). Foi o maior volume desligado desde 2009.

No início do ano, a agência divulgou as notas que os consumidores dão para as distribuidoras. Na média, a avaliação piorou. A nota de 2012 foi 61,51 (considerando uma escala de 0 a 100) para o conjunto das 63 concessionárias de energia. Em 2010, dado anterior, o Índice Aneel de Satisfação do consumidor havia sido maior: 64,41.

NÚMERO ELEVADO

Embora o número de queixas represente pouco mais de um milésimo dos domicílios atendidos, o superintendente responsável pela ouvidoria da Aneel, Alex Sandro Feil, diz que o crescimento das reclamações feitas diretamente à agência pode indicar ineficiência das concessionárias no atendimento aos clientes.

"Consideramos o número elevado, mas ainda gerenciável", afirma. Ele não quis atribuir o aumento do número de reclamações a eventual piora no serviço de distribuição.

De qualquer forma, a Aneel deverá definir metas para os serviços de atendimento aos consumidores e às ouvidorias das concessionárias. "A ideia é criar indicadores de atendimento às demandas dos clientes para cada uma das 63 distribuidoras", afirma.

A Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica informou que vai analisar o relatório da Ouvidoria da Aneel. Por ora, não vê relação entre o aumento das queixas e a piora do serviço.


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