Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Às vésperas de eventos, Rio tem recorde de queixas em telefonia

Usuários de celular fizeram mais de 15 mil reclamações em março, maior número em três anos

Topografia contribui para falhas na cidade; segundo especialista, é preciso aumentar o número de antenas

LUCAS VETTORAZZO MARIANA SALLOWICZ DO RIO

"Já usei o meu celular nas savanas do Quênia, dentro de um vulcão na Tanzânia, em Botsuana, no deserto de Kalahari, a 4.300 metros do mais alto pico do Colorado, no longínquo reino do Butão, no Himalaia. O único lugar em que ele não funciona é no Rio."

O relato, feito recentemente pelo arquiteto Miguel Pinto Guimarães, 38, no Facebook, reflete o grau de insatisfação dos usuários de celular da cidade. E aponta um problema diante da proximidade de eventos no Rio, como a Copa das Confederações em junho, a Jornada Mundial da Juventude em julho e a Copa do Mundo em 2014.

Segundo levantamento da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), feito a pedido da Folha com dados do Estado do Rio, o número de reclamações de usuários de celular em março foi o maior para um mês dos últimos três anos.

Foram 15.790 queixas no mês, aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2012 e de 17% ante fevereiro. Além dos problemas com sinais, há queixas sobre cobrança, promoções e cancelamentos. As operadoras mais reclamadas no mês foram Claro (5.402), Oi (4.456), Vivo (3.099) e TIM (2.833).

Os problemas de telefonia são comuns a quase todas as cidades do país, mas a situação no Rio é agravada pela topografia, dizem especialistas.

"O Rio tem dois problemas que tornam as falhas mais frequentes. O primeiro é a grande concentração urbana, o que também ocorre em outros locais. A segunda, mais regional, é a concentração de morros", diz Eduardo Tude, presidente da consultoria de telecomunicações Teleco.

Segundo o professor Gláucio Siqueira, do Centro de Estudos em Telecomunicações (Cetuc) da PUC-Rio, a solução é aumentar o número de antenas na cidade, o que depende do aval da Prefeitura. "Esse é um dos maiores gargalos da telefonia no Rio hoje."

A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, da cidade do Rio, diz que decreto publicado em novembro de 2012 busca um reordenamento da distribuição das antenas obedecendo à divisão do município por áreas.

"A medida foi necessária para aumentar o controle na instalação desses equipamentos, mantendo preservadas algumas áreas da cidade, como a orla carioca."

A Anatel disse que fiscaliza as prestadoras para garantir a melhoria dos serviços. "Entre as ações está o acompanhamento periódico do cumprimento das metas de qualidade", informou.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página