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Investidores diversificam carteira com selos raros

Procurada por gestores de patrimônio e fundos, empresa mundial mais antiga do setor terá unidade no Brasil

DO "NEW YORK TIMES"

O hobby de colecionar selos existe desde logo depois de 1840, quando o Reino Unido emitiu o seu primeiro selo postal, o Penny Black.

Mas investir em selos raros é um fenômeno relativamente novo entre os investidores de alto patrimônio, que veem essa categoria de ativos colecionáveis como forma de contrabalançar outros ativos em suas carteiras.

"Há três anos, éramos tratados com curiosidade distante e polida", conta Keith Heddle, diretor de investimento da Stanley Gibbons, a mais antiga companhia mundial de venda de selos.

"Mas, nos últimos 18 meses, serviços de investimento familiar, bancos de capital fechado e fundos de hedge começaram a conversar conosco muito mais seriamente."

Para Heddle, um dado revelador está no fato de que um grupo bancário anônimo suíço tenha se envolvido na compra do mais caro selo já negociado, o Treskilling Yellow, da Suécia, por £ 1,6 milhão (US$ 2,1 milhões) em um leilão em 2010.

Para aproveitar o interesse no investimento, a Stanley Gibbons inaugurou há pouco o seu escritório em Cingapura e abrirá nova unidade no Brasil em 13 de maio.

"Há demanda de gestores de patrimônio e instituições de investimento", diz Heddle.

Para responder a essa demanda, a Stanley Gibbons está planejando o primeiro fundo de investimento dedicado a selos britânicos raros.

O índice GB30 Rarities, que é cotado no serviço Bloomberg Profissional, acompanha os preços dos 30 selos britânicos mais caros disponíveis no mercado e mostra retorno anual composto de 10,8% ao ano nos últimos 40 anos, enquanto o GB250 Rare Stamp Index mostra retorno anual composto médio de 13,9% desde que começou a ser compilado, há dez anos.

Mas nem todos os selos têm bom desempenho. Louis Mangin, diretor da Zurich Asia, uma casa de leilões de selos em Hong Kong, diz que o mercado de selos na China é muito especulativo e quebrou nos dois últimos anos.

"Esse é um mercado tartaruga. Para aproveitar ao máximo o retorno anual de 10%, provavelmente será preciso manter uma carteira por, no mínimo, cinco anos".


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