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Lançamentos de veículos levam a produção recorde

341 mil unidades foram fabricadas em abril, 31% mais que em igual mês de 2012

Mercado espera menor ritmo de crescimento nos próximos meses e mantém previsão de avanço para este ano

DE SÃO PAULO

Uma combinação de mercado com mais lançamentos e maior número de dias úteis em abril levou as montadoras a registrar o maior volume de produção na história do setor: 340,9 mil unidades.

Em relação a abril de 2012, a produção cresceu 31%.

No quadrimestre, a alta é de 17%, atingindo 1,68 milhão de unidades, mas sobre uma base de comparação fraca. Resultados tímidos em igual período do ano passado motivaram a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

Apesar do desempenho acima do previsto--as vendas foram recorde para o mês--, analistas e fabricantes preveem uma desaceleração no ritmo de alta nos próximos meses e mantêm cautela nas estimativas para o ano. As projeções permanecem inalteradas entre crescimento de 4,5% a avanço de 8,5%.

"O mercado enxerga uma perspectiva de continuidade [nas vendas] ao longo do ano. O resultado de abril reforça nossa projeção e leva otimismo para a produção industrial como um todo", afirma o analista do setor automotivo da consultoria Tendências, Rodrigo Baggi.

O mercado deve se sustentar com a maturação das vendas de novos modelos, como os compactos HB20, Onix e C3, alguns dos quais com fila de espera, e preços estáveis graças à prorrogação do IPI reduzido até dezembro.

Uma leve melhora nas exportações no quadrimestre ""alta de 3,8%, para 166,6 mil unidades-- contribui para o cenário positivo e torna mais real a expectativa para a produção neste ano.

A queda nas vendas ao exterior foi uma das principais responsáveis pela redução no volume produzido em 2012, o primeiro tombo em dez anos.

A Anfavea (associação das montadoras) trabalha com o governo federal para criar um programa de incentivos às exportações. "A questão dos impostos é um dos pontos a serem discutidos. É um exemplo de como é possível ganhar competitividade sem mexer no câmbio", diz Luiz Moan, presidente da entidade.

No ano passado, o governo lançou o regime automotivo, que prevê redução de tributos para as empresas que cumprirem metas como eficiência energética e investimento em pesquisa.

O programa também prevê cotas para importação de veículos sem adicional de tributos. Moan atribui parte da melhora no volume fabricado à restrição dos estrangeiros.

O presidente da entidade minimiza os questionamentos feitos pelos europeus na OMC (Organização Mundial de Comércio) contra a nova política industrial para o setor automotivo. "Não é uma retaliação." (GABRIEL BALDOCCHI)

ANÁLISE
Preço estável depende de produção alta
folha.com/no1274426


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