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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Produção de feijão será a menor em 12 anos

A produção nacional de feijão deverá ser a menor em 12 anos. Clima adverso e concorrência de produtos mais rentáveis e com menos risco na produção, como soja e milho, provocaram uma redução de área da leguminosa.

Os dados de ontem da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam uma área total de 2,95 milhões de hectares para o feijão nesta safra 2012/13, um recuo de 9,5% sobre a anterior.

Embora a produtividade média cresça 8% no período, para 967 quilos por hectare, a safra nacional recuará para 2,86 milhões, uma queda de 20% sobre a do mesmo período anterior.

Se confirmada a previsão da Conab, o volume será o menor desde os 2,59 milhões de toneladas de 2001.

Poucos Estados tiveram aumento de produção na primeira safra de feijão, entre eles Rio Grande do Sul, Maranhão e Piauí.

O Paraná, o Estado que mais pesa na conta da produção nacional, teve recuo de 14%. A safra caiu para 298 mil toneladas no Estado.

A situação melhora na segunda (que está sendo colhida) e terceira safras do ano. A área será menor, mas a produção cresce, segundo o órgão governamental.

Esse crescimento não compensará, no entanto, as perdas da primeira safra.

A produção de feijão recua em um momento em que os estoques do país estão muito baixos. Dados da Conab indicam que os estoques finais deste ano recuarão para 181 mil toneladas. Há dois anos estavam em 686 mil.

Os preços estão em R$ 240 por saca, 22,7% mais do que em igual período do ano passado. A menor oferta e os preços em alta poderão levar mais produtores a optar pela leguminosa na terceira safra.

Em alta

Produção nacional de arroz sobe 3% neste ano

Ao contrário do feijão, a safra de arroz cresce. A Conab vê produção de 11,9 milhões de toneladas, 3% mais do que em 2012. O Rio Grande do Sul, líder nacional, colocará 8 milhões de toneladas no mercado neste ano. Já Santa Catarina, o segundo maior produtor, terá recuo de 6%, para 1 milhão de toneladas.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Chicago

Soja
(US$ por bushel)14,91

Milho
(US$ por bushel)6,95

Nova York

Algodão
(cent. de US$)*87,92

Açúcar
(cent. de US$)*17,47

  • por libra-peso

Reposição Para recompor os estoques, a Conab vai adquirir 3 milhões de toneladas de milho. As compras serão por meio de contrato de opção e de contrato a termo.

De olho na Índia O cenário atual da Índia não é de muitas oportunidades para soja e farelo, segundo Glauber Silveira, da Aprosoja Brasil. Em breve, no entanto, as coisas podem mudar.

Atenção A população indiana está mudando o hábito alimentar e o consumo de soja vem crescendo 6% ao ano. Por ora, essa necessidade ainda é abastecida pela produção interna.

PIB O crescimento do PIB é acelerado e o aumento de renda vai levar a população para um consumo maior de carnes e de leite. A produção desses produtos necessita de farelo de soja e de milho.

Oportunidade O crescimento da população e a ausência de terra para novos plantios colocarão os indianos na lista de grandes importadores de milho e de soja, acredita Silveira.

Pressão menor Os preços médios do álcool subiram 0,2% na cidade de São Paulo na média das últimas quatro semanas. No final de março, a alta era de 4,5%, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Safra de grãos O volume nacional deverá atingir 184 milhões de toneladas. A produção de milho sobe para 78 milhões, enquanto a de soja vai a 81,5 milhões. A de milho aumenta 7% e a de soja, 23% neste ano.


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