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15% das obras de legado de Copa não estarão prontas no Mundial

Projetos somam R$ 5,4 bi; governo diz que não farão falta ao evento

(ESTELITA HASS CARAZZAI) DE CURITIBA

O tão aclamado legado da Copa às cidades brasileiras terá 15% a menos de obras prontas a tempo da competição do que o anunciado.

No último ano, segundo levantamento da Folha, ao menos dez grandes obras que integravam o PAC da Copa foram excluídas do programa, devido ao aumento nos custos ou à impossibilidade de conclusão até junho de 2014.

Outros dois projetos foram alterados e diminuídos para evitar o mesmo problema.

No total, são R$ 5,4 bilhões em investimentos inicialmente anunciados que deixarão de ser executados, a maioria em obras de mobilidade urbana, como o monotrilho de Manaus e o acesso ao aeroporto de Salvador.

O volume representa cerca de 1/6 do total de gastos previstos no PAC da Copa, que hoje somam R$ 25 bilhões.

A maior parte dos projetos foi realocada em outros PACs, mas as obras só serão concluídas depois de 2014. Na maioria dos casos, entraves burocráticos e legais impediram o andamento das obras de acordo com a expectativa inicial do governo.

Em Manaus (AM), as duas obras de mobilidade urbana previstas para a Copa foram questionadas pelo Tribunal de Contas do Estado, que apontou erros nos projetos.

As correções foram feitas, mas sob pena de impedirem o cumprimento do prazo.

O VLT (veículo leve sobre trilhos) de Brasília, que ligaria o aeroporto à Asa Sul, também foi excluído por irregularidades na licitação, que causaram a anulação de todo o processo em 2011.

No Paraná, a reestruturação da avenida Cândido de Abreu acabou perdendo o financiamento federal por desistência da Prefeitura de Curitiba. O orçamento inicial era de R$ 5 milhões, mas revisões do projeto subiram o valor para R$ 26 milhões.

As exclusões são feitas em comum acordo entre os governos locais e o federal, já que há uma exigência de que todas as obras incluídas no PAC da Copa sejam concluídas até maio de 2014.

OUTRO LADO

O Ministério do Esporte afirmou que os projetos excluídos são "parte minoritária" das obras da Copa e que não farão falta ao evento.

Para o governo, as obras são importantes independentemente do prazo. "Não seriam obras para a Copa, e sim para as cidades", diz a pasta.

O governo federal defende que, ao mesmo tempo em que obras foram excluídas, outras foram incluídas. Hoje, existem 121 projetos no PAC da Copa, ante 96 em 2010.

As inclusões, que envolvem até investimentos em telecomunicações e ações da Marinha e da Aeronáutica para segurança do evento, somam menos investimentos do que as exclusões: são R$ 3,1 bilhões a mais, agora, ante R$ 5,4 bilhões de exclusões.


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