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Antigos donos iniciam saída das Casas Bahia

Após tentar reaver o negócio, vendido ao Pão de Açúcar, família Klein vai vender ações

TONI SCIARRETTA CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

Fundadora das Casas Bahia, a família Klein decidiu iniciar sua retirada da Viavarejo, empresa que reúne também o Ponto Frio e que pertence ao Grupo Pão de Açúcar, maior varejista do país.

A saída se dará por meio da venda de 16% das ações, que pode passar os R$ 2 bilhões.

A operação é o primeiro passo para a família sair do negócio. Minoritários, eles detêm 47% da empresa.

No final do ano passado, Rafael Klein terminou seu mandato à frente da companhia, abrindo espaço para a profissionalização da gestão e para a entrada da equipe vinda do Pão de Açúcar.

Além dos 16%, a família pode vender lotes suplementares de ações, chegando a uma fatia de 20%.

A proposta terá de passar pelo conselho do Pão de Açúcar, que deve considerar a possibilidade de emitir novas ações e elevar o caixa da Viavarejo. Nesse caso, o Pão de Açúcar terá de aportar dinheiro para não ser diluído.

A ideia dos bancos envolvidos é que a oferta de ações ocorra até o final de junho, antes das férias do hemisfério Norte, quando diminui o apetite dos investidores estrangeiros nessas operações.

TRATATIVAS

Antes dessa decisão, os Klein tentaram levantar dinheiro com o Bradesco e o Citibank para reaver o negócio fechado com o empresário Abilio Diniz, do qual estavam arrependidos.

Procuraram inclusive se associar ao francês Casino, novo controlador do Pão de Açúcar, que também se tornou desafeto de Abilio.

No ano passado, a família Klein questionou os termos do contrato em que se associaram ao Ponto Frio, levantando a possibilidade de superavaliação da parte do Pão de Açúcar na fusão.

Foi a segunda vez que a família pediu revisão do contrato. A primeira foi em julho de 2010, quatro meses após se unirem, quando conseguiu um aporte de R$ 689 milhões do Pão de Açúcar na antiga empresa e ganhou poder de veto em casos de fusões e de aportes de capital.

Também no ano passado, a viúva Lily Safra levou para uma câmara de arbitragem uma disputa com o Grupo Pão de Açúcar, para quem vendeu a rede Ponto Frio em 2009. Ela alegava descumprimento nas cláusulas de pagamento assumidas pela varejista. Segundo o Pão de Açúcar, o pedido apresentado era "improcedente" porque o grupo teria cumprido o contrato integralmente.


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