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Netshoes dobra prejuízo em 2012, mas diz estar no caminho do 1º lucro

Empresa aposta no frete pago para tentar reverter resultado

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

Uma das mais festejadas histórias de sucesso do "e-commerce" brasileiro, a Netshoes teve prejuízo de R$ 79,3 milhões em 2012.

É quase o dobro da perda em 2011 (R$ 39,9 milhões), segundo balanço publicado no "Diário Oficial Empresarial" do Estado de São Paulo.

Apesar do aumento do prejuízo, a empresa diz que está no caminho da lucratividade. "O segundo semestre de 2012 foi bem melhor que o primeiro e conseguimos obter resultado positivo em alguns meses", diz José Rogério Luiz, vice-presidente de planejamento da Netshoes. Questionado se o lucro virá finalmente este ano, ele afirma estar "trabalhando para isso."

Também visando estrear no mercado acionário, possivelmente na Nasdaq (Bolsa do setor de tecnologia nos EUA), a empresa especializada em calçados e artigos esportivos começou a adotar, a partir do segundo semestre de 2012, alguns procedimentos para parar de perder dinheiro.

Introduziu o frete pago para entregas rápidas. E estabeleceu o limite mínimo de R$ 25 por parcela em caso de compras a prazo. "O balanço será diferente ao final deste ano", diz Luiz.

Nascida em 2000 como uma pequena loja no centro de São Paulo (fechada em 2007 quando decidiu atuar apenas no meio digital), a Netshoes praticamente dobrou de tamanho a cada ano na última década. Em 2012, alcançou faturamento bruto de R$ 1,13 bilhão.

A receita líquida, excluindo ICMS, além de despesas menores com trocas e devoluções, foi de R$ 783 milhões.

O crescimento foi financiado com aportes de quatro importantes fundos especializados em empresas de tecnologia: os norte-americanos Tiger Global e Iconiq Capital (que tem entre os sócios Mark Zuckerberg, do Facebook), o Temasek, do governo de Cingapura, e o latino-americano Kaszek Ventures.

Com as medidas, a Netshoes acredita ser capaz de liderar um movimento para dar sustentabilidade ao varejo digital brasileiro.

"O e-commerce' surgiu para desovar mercadorias das lojas físicas, oferecendo preço baixo e frete grátis", diz o vice-presidente de planejamento. "É um modelo que não se sustenta."


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