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Fundado em 1516, Royal Mail caminha para a privatização

Governo britânico espera abrir o capital do mais antigo serviço postal do mundo neste ano

BRIAN GROOM DO “FINANCIAL TIMES”

Depois de quase 500 anos nas mãos do Estado, o Royal Mail britânico, o mais antigo serviço postal do mundo, está perto da privatização. Será que algo poderia deter essa venda?

O governo de coalizão espera abrir o capital do correio britânico no final do ano.

Vince Cable, secretário de Negócios, diz que o plano é "vender a maioria das ações", ainda que não tenha ainda surgido uma decisão sobre que porcentagem das ações será vendida inicialmente.

Os observadores acreditam que a companhia, cuja situação vem melhorando como resultado da modernização e do boom na entrega de pacotes trazido pela internet, pode atingir valor de entre 2 bilhões e 3 bilhões de libras (entre aproximadamente R$ 6,2 bilhões e R$ 9,3 bilhões).

Como garantia, caso o mercado para ofertas públicas iniciais demonstre desinteresse, o governo pode vender participação na empresa a grupos de capital privado, fundos nacionais de investimento ou empresas do setor, antes de uma abertura de capital a ser realizada posteriormente.

Alguma forma de privatização está prometida para antes de abril do ano que vem.

Um projeto de lei de privatização do Royal Mail foi aprovado em 2011, depois de tentativas frustradas de lorde Heseltine, ministro conservador nos anos 90, e de lorde Mandelson, ministro trabalhista nos anos 2000, que desejava vender participação de um terço nas ações da companhia.

Os trabalhistas agora rejeitam a privatização plena, ainda que na realidade nada possam fazer para impedi-la.

Em lugar disso, desejam garantias mais fortes de que os serviços do Royal Mail continuarão a ser vendidos por meio do Post Office, um organismo separado, e que os funcionários recebam mais que o mínimo de 10% das ações que lhes foi prometido.

O Sindicato dos Trabalhadores das Comunicações, que se opõe à privatização, vai realizar uma consulta sobre um boicote à entrega de correspondências distribuídas por rivais do Royal Mail.

Observadores do setor afirmam que isso seria ilegal.

A votação, e as greves por motivos salariais e de preservação de empregos que vêm ocorrendo no Post Office, podem estar ligadas ao fato de que os líderes do sindicato vão tentar se reeleger nas próximas semanas.

Os investidores observarão o resultado das negociações com o sindicato sobre um acordo bienal de salários e condições de trabalho. Mas parece improvável que a militância sindical seja capaz de bloquear a venda.

O fator que mais tem chance de causar insônia aos ministros envolvidos é um colapso no mercado de ações.


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