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Análise

Investimento é importante, mas por ora não vale priorizá-lo

PAULO TARSO RESENDE ESPECIAL PARA A FOLHA

Em situações de recursos finitos e crises estruturais, as regras da boa gestão indicam que a priorização se imponha ao ímpeto de atender a um conjunto mais amplo de iniciativas. E uma variável importante ao alocar investimentos é o custo-benefício.

No momento em que a sociedade clama por ações mais universais de transporte urbano, como linhas e estações de metrô e corredores de ônibus, o Trem de Alta Velocidade (TAV) tem alto custo de implantação ante sua abrangência de benefícios.

O TAV retoma o transporte ferroviário de passageiros no país e proporciona uma ligação importante entre cidades de peso econômico como Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, desafogando um sistema aéreo que não atende à demanda crescente.

Pode também impulsionar o crescimento econômico ao longo de seu trajeto.

É, porém, difícil explicar a priorização de um projeto de R$ 33 bilhões, com taxa de retorno acima de 7%, tarifa-teto definida pelo Ministério Público (o que aponta rentabilidade atingida só por subsídio público) e que levará poucos milhões de passageiros de alto poder aquisitivo.

Possíveis investidores não devem ignorar a possibilidade de serem, no futuro, alvo de questionamentos sociais.

Uma segunda regra em momentos de crise é a humildade técnica do gestor, dado o dinamismo das demandas.

O TAV pode ser um exemplo de demonstração de humildade se adiado por mais alguns anos, enquanto cuidamos para que os milhões de cidadãos das cidades brasileiras tenham mais qualidade de vida e respeito por parte de quem nos lidera.


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