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Ação da MPX sobe com saída de bilionário

DENISE LUNA DO RIO

A saída de Eike Batista da presidência do conselho da MPX e a promessa de um aumento de capital privado de R$ 800 milhões, provavelmente sem a participação do empresário, turbinaram ontem o papel da melhor empresa do grupo EBX na Bovespa.

Sem Eike, capitalizada, e com a promessa de continuar seus projetos em energia --ao contrário da irmã OGX, que vai abandonar alguns campos de petróleo--, as ações da MPX subiram 10,54% ontem e fecharam a R$ 7,13 em um dia atípico devido ao feriado de Independência nos EUA.

Com o mercado esvaziado, a OGX teve espaço para recuperar parte do valor (alta de 20,51%, para R$ 0,47), assim como a mineradora MMX, que subiu 7,75%, a R$ 1,39.

A expectativa é que Eike não participe do aumento de capital da MPX. Assim, sua fatia na empresa seria reduzida dos atuais 24% para cerca de 5%, apostam analistas.

Em teleconferência, o presidente da MPX, Eduardo Karrer, disse que até outubro a empresa terá outro nome.

Por várias vezes, frisou que a MPX "irá se tornar uma empresa completamente independente" e reafirmou a meta de liderar o mercado de energia privada no Brasil.

Karrer disse não saber se Eike participará da capitalização, mas fez questão de deixar claro que, com ou sem Eike, os planos da MPX estão mantidos, agora tendo como líder e maior controladora a alemã E.ON, especializada em usinas térmicas a carvão.

O governo decidiu permitir novamente projetos de carvão em leilão que será realizado em agosto, após bani-los por risco ambiental em 2008.

Com aporte de R$ 366 milhões da E.ON, sua fatia na MPX deve subir de 24% para 38%. O BTG Pactual, que se compromete a subscrever ações na operação, deve ficar com cerca de 10%, diz Karrer.

Ele também informou que não há acerto para que a E.ON compre a parte de Eike, mas afirmou que o acordo assinado em maio, que dá a cada um dos sócios preferência de compra caso o outro deixe a empresa, continua valendo.

Procurado, o BNDES afirmou que "tem o direito" de participar do aumento de capital na MPX, mas que vai "analisar essa opção no momento oportuno". O banco tem 11% da companhia.

Ontem, a MMX informou à Comissão de Valores Mobiliários que suspenderá por seis meses o projeto de minério de ferro Corumbá (MS) para "otimizar a alocação de capital e maximizar o valor para seus acionistas" e que vai demitir.

A empresa, porém, disse ter estoques para atender todos os contratos firmados.


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