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Análise

Venda de autos no 2° semestre deverá ficar abaixo do previsto

EDUARDO SODRÉ EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

Outrora promissor, o segundo semestre de 2013 poderá registrar queda acentuada nas vendas de veículos em comparação ao mesmo período do ano passado e obrigar os fabricantes a rever suas previsões de crescimento.

Os primeiros cinco meses de 2012 foram ruins para o setor. Os estoques estavam elevados e houve interrupções na produção. A unidade de Porto Real (RJ) do grupo PSA Peugeot Citroën, por exemplo, passou dois meses sem produzir veículos.

O crédito restrito estava entre as razões da crise daquele período, bem como o crescimento lento da economia. Tais fatores levaram ao adiamento da decisão de compra e à redução nas vendas diretas. O remédio foi, outra vez, reduzir as alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos.

Cenário semelhante se repete agora, com o aumento da dificuldade para aprovação de crédito, a alta do dólar, a inflação e a consequente elevação da taxa referencial de juros, a Selic.

O setor de motocicletas, cuja base atende a consumidores de menor renda, já sente esses efeitos. Após um 2012 crítico, as empresas estão revendo para baixo as expectativas para 2013.

No primeiro semestre, as vendas retraíram 9,3%, segundo a Abraciclo, entidade que representa as empresas do segmento.

Entre os fabricantes de automóveis, há projeção de redução das vendas no acumulado de junho, julho e agosto em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o efeito da redução do IPI se fez mais presente.

Os problemas atuais, contudo, podem fazer a queda nos emplacamentos ser maior que o previsto e se estender pelo último quadrimestre.

As soluções aplicadas no ano passado --redução de tributos e cessão de crédito por meio de bancos públicos e de instituições financeiras associadas aos fabricantes-- têm menor espaço no panorama atual, pautado pelo desenvolvimento da indústria por meio da instalação de novas fábricas e das regras do programa Inovar-Auto.

Dessa forma, o crescimento das vendas totais em 2013 corre o risco de ficar abaixo do mínimo de 3,5% esperado pela Anfavea.


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