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Impacto de Eike em bancos deve ser limitado

Provisões financeiras das instituições privadas já são altas, o que reduz efeito, em seus balanços, de eventuais perdas

Problemas das empresas X estão "longe" de afetar os bancos de forma expressiva, diz analista

DA REUTERS

A exposição dos bancos privados brasileiros ao problemático grupo de empresas do bilionário Eike Batista será limitada pelas elevadas provisões das instituições financeiras, e as potenciais perdas poderão, no máximo, ter algum efeito negativo por um trimestre ou dois.

A deterioração das companhias "X" não deve demandar maiores provisões dos bancos no resultado do segundo trimestre --talvez apenas no terceiro trimestre.

As instituições tampouco devem precisar levantar capital por causa desses eventos, segundo analistas.

"Continuamos cautelosos em relação aos bancos brasileiros devido a preocupações com crescimento [da economia] e inflação, e não devido à exposição ao grupo X", diz o UBS, em relatório.

O total de empréstimos de todas as empresas de Eike com bancos não é claro.

O mercado tem especulado que a exposição de Bradesco e Itaú seria de R$ 5 bilhões, mas o UBS acredita que esse valor é muito elevado.

De acordo com dados públicos e oficiais, os bancos expostos são Bradesco e Itaú, com R$ 1 bilhão cada um, e Santander Brasil, com R$ 250 milhões. Essas cifras, porém, não consideram a holding EBX nem outros instrumentos de dívida, como bônus e debêntures, disse o UBS.

A dívida da EBX combinada com Itaú e Bradesco totaliza cerca de US$ 1 bilhão, diz uma fonte ligada à empresa. O débito deverá ser quitado após a venda de ativos ou até do controle da MPX (energia) e da MMX (mineração), as empresas mais saudáveis do grupo de Eike.

Outro fator que atenua as preocupações sobre o grupo X são as garantias dos empréstimos, que incluem dinheiro e ações.

COLCHÃO

Segundo o relatório do UBS, os bancos poderiam ainda usar suas provisões adicionais para absorver eventuais perdas e limitar o impacto sobre o lucro líquido.

Conforme o UBS, o Bradesco tem cerca de R$ 4 bilhões de provisões excedentes, enquanto o Itaú tem R$ 5 bilhões, e o Santander Brasil, R$ 700 milhões.

Para o analista Luis Santacreu, da Austin Rating, os problemas financeiros das empresas de Eike estão "longe" de afetar os bancos de forma expressiva.

"A dívida não está concentrada em um só banco, e o devedor não é nenhum gigante do porte de uma Vale ou Petrobras", afirmou Santacreu.

As elevadas provisões dos bancos privados brasileiros também foi citada por Santacreu como um atenuante do efeito "X" sobre os resultados. "Não é algo que saltará aos olhos", avalia o analista.


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