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Mercado aberto

Alta de desemprego vai afetar famílias mais endividadas, afirma economista

Com a economia em desaceleração, ou em acomodação em patamar muito baixo, muitas empresas que vêm segurando demissões podem passar a despedir.

"Esse processo de desaceleração terá algum efeito no emprego. Preocupa porque nunca tivemos alta de desemprego com as famílias muito endividadas", diz Jorge Simino, diretor da Funcesp.

"Não será apenas o incremento do desemprego, que não será significativo (de 0,3 ou 0,4 pontos percentuais), mas a alta em uma circunstância sem padrão histórico."

Quando os juros eram altos, afirma Simino, sabia-se que quem entrasse no cheque especial ou no crédito pessoal, com juros de até 25%, não sairia mais.

A queda da taxa real, o desemprego em patamares recordes de baixa e o ganho de massa salarial nos últimos anos fizeram com que surgissem possibilidades.

"Com emprego, renda e oferta de crédito, o pessoal se endividou. Entrou no Minha Casa Minha Vida', comprou um carrinho, fez plano de saúde...", lembra.

"Qual será o comportamento nessa circunstância? Um incremento pequeno do desemprego, mas um nível de endividamento que nunca se teve, na ordem de 44% da renda das famílias."

O nível de endividamento parece elevado para o Brasil, mas há outros países em que é até mais alto, afirma.

"Não temos experiência histórica para saber o que acontece nessa condição."

Simino acredita que a economia está em processo de desaceleração, mas não chegará a uma recessão.

"Com o PIB crescendo 0,6% ou 0,7%, trimestre contra trimestre, anualizado será algo em torno de 2%", diz.

"O que não sei é se esse nível de atividade econômica segura o nível de desemprego. As empresas vão esperando uma retomada, mas se ela não vem..."

Um exemplo é a queda de venda de motos, que foi muito forte. "E crédito para moto é para baixa renda, faixa da população mais vulnerável para perder emprego, de baixa qualificação, o que dificulta a recolocação", acrescenta o economista.

"Há grande preocupação desses efeitos para a economia, o reflexo para a percepção dos bancos e varejo. Não que algum banco vá quebrar, mas cresce a percepção de que, com o aumento da pressão, o varejo não vai conseguir vender, que o lucro dos bancos vai cair."

Rompendo... O pequeno número de acordos comerciais do país com mercados externos foi pauta de uma reunião entre a CEB (Coalização Empresarial Brasileira) e o governo federal na semana passada. A entidade é composta por mais de 170 organizações.

...o isolamento Às vésperas de encontro do Mercosul, representantes da indústria pediram que o país tente chegar a um acordo com os demais membros para formalizar uma parceria com a União Europeia. A secretaria-executiva da CEB está ligada à CNI.

Na rede Cerca de 60% dos passageiros de companhias aéreas querem interagir com as empresas pelas mídias sociais e não pelas centrais de relacionamento, segundo pesquisa da Iata (associação do setor) com 3.000 pessoas em cem países, incluindo o Brasil.

VENTO ACELERADO

A produção de energia eólica no país aumentou 75% em março deste ano (último mês em que há dados disponíveis) na comparação com o mesmo período de 2012, segundo a Abeeólica (associação brasileira do setor).

No último mês de março, a geração média ficou em 632 MW. No ano passado, havia sido de 362 MW.

"Essa expansão ocorreu principalmente por causa do crescimento do número de parques em operação, já que a qualidade do vento permaneceu a mesma", diz a presidente da entidade, Elbia Melo.

A capacidade instalada do país mais que dobrou nesse intervalo de tempo: passou de 1,3 GW para 2,8 GW. A previsão da Abeeólica é que, até o final deste ano, esse número chegue a 4 GW.

Enquanto isso, a geração energética foi de 42% da capacidade instalada dos parques tanto em março deste ano como de 2012 --o que significa que o nível dos ventos foi o mesmo.

"A eólica é uma energia sazonal, como a água. Há alguns períodos em que se gera mais. Mas a trajetória da geração deste ano está parecida com a de 2012, quando a média foi de 54%", afirma.

A partir deste mês, a produção deve crescer com a melhor qualidade dos ventos do inverno.


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